John McEnroe incentiva os jogadores de ténis a frequentar a universidade e a "praticar outros desportos": "Carlos Alcaraz, ele é um num bilião"

John McEnroe elogiou Carlos Alcaraz como "um em mil milhões" no podcast SmartLess.

O sete vezes campeão do Grand Slam falou sobre a situação atual do jovem espanhol Carlos Alcaraz, recentemente eliminado na primeira ronda do Paris Masters e que se prepara para o ATP Finals de Turim.

O número 2 do mundo não tem tido um desempenho forte nos seus últimos torneios, incluindo uma eliminação por pouco no Open de Xangai, deixando-o significativamente atrás de Novak Djokovic no Ranking ATP.

Num episódio recente do podcast SmartLess, John McEnroe falou da importância de os jovens participarem no desporto e aprenderem com o mundo da competição e da disciplina.

"Cresci em Queens. A melhor coisa que me aconteceu foi não ter ido para um campo ao estilo do [Nick] Bollettieri. Teria deixado o jogo aos 16 ou 17 anos. Gosto de praticar outros desportos", disse o americano.

"Todos os estudos mostram que, tanto física como mentalmente, é mais saudável para as crianças praticar outros desportos. Esta ideia de que é preciso apostar tudo no futebol ou no basquetebol é um monte de, pode dizer-se que é uma treta, é uma treta total."

"A verdade é que, no que eu baseio as minhas crenças e no que esta academia é, é que se deve praticar outros desportos e que se deve chegar a isto um pouco mais tarde. Os jogadores de ténis estão a atingir o pico mais tarde do que alguma vez atingiram", acrescentou McEnroe.

"Penso que a faculdade é uma experiência que não só nos permite jogar em equipa, se estivermos num desporto, mas também crescer um pouco e divertirmo-nos um pouco antes de entrarmos numa profissão e estarmos mais preparados para lidar com ela. Por isso, discordo completamente do que fazem na maioria das vezes".

"Por cada pessoa que ouvimos dizer que tem sucesso, há um milhão que não tem. Nem toda a gente é Carlos Alcaraz, ele é um em mil milhões. Ele é uma aberração. É um jogador incrível, mas a maioria dos miúdos não tem nada que fazer isso", concluiu