Atualização do ranking ATP: Carlos Alcaraz assegura o n.º 1 mundial apesar do triunfo de Jannik Sinner em Turim

Não fique triste por ter acabado: a temporada ATP chegou ao fim (por cerca de um mês, até tudo recomeçar). Como resultado, o Ranking ATP de final de época ficou fechado, com Carlos Alcaraz a terminar como número 1 do mundo, apesar de não ter vencido as ATP Finals.

Jannik Sinner recebeu essa honra por mais um ano, mas, ao contrário do final de 2024, o italiano não foi o número 1 no fecho da época, com Carlos Alcaraz a selar esse estatuto muito antes da final, após uma fase de grupos imaculada que tornou impossível a Sinner alcançá-lo no fim.

Com três vitórias em três na fase de grupos, o espanhol garantiu que Sinner não o poderia ultrapassar, mesmo que conquistasse o título no Inalpi Arena. Defendeu o troféu e apenas encurtou a diferença para a próxima época. Venceu Alcaraz 7-6, 7-5 para se manter a curta distância na entrada do próximo ano.

Alcaraz fecha a temporada com 12.050 pontos, enquanto Sinner está apenas 550 pontos atrás, embora com o senão de que o italiano terá novamente de defender o Australian Open em janeiro. Alcaraz poderá ampliar a vantagem se for além dos quartos de final, já que esse foi o seu limite em 2025, enquanto uma eliminação precoce de Sinner abriria caminho a uma liderança duradoura de Alcaraz, com o Médio Oriente, Indian Wells e Miami como próximas oportunidades reais de mudanças.

Por isso, os holofotes do Ranking ATP no Australian Open vão incidir nesse grande duelo. Alcaraz tem assegurado quebrar a barreira das 50 semanas e está atualmente nas 46, pelo que entrará no novo ano como número 1 do mundo. Mas o principal conforto para ambos é que podem disputar entre si sabendo, em bom rigor, que não têm concorrência.

Os números são alarmantes: Alexander Zverev está a uns impressionantes 6.340 pontos de distância e tão perto do número 1000 do mundo quanto do topo, algo impressionante, tendo em conta que começou o ano como candidato natural a estrear-se no primeiro lugar, face à suspensão por doping de Sinner.

Teve uma Golden Swing muito fraca quando achou que o caminho estava aberto e o resto é história: Sinner manteve-se no topo apesar de quase cinco meses fora devido à suspensão, e Alcaraz agarrou-o ao vencer o US Open no outono. Novak Djoković, que quase só compete nos Majors e em eventos pontuais, como Atenas recentemente, além de uma quota de ATP 1000, expõe também um problema do ranking: continua quarto, apesar de continuar a reduzir o calendário.

Embora se possa admirar, revela uma mudança real no topo do ténis: ninguém acompanha verdadeiramente a dominância dos dois primeiros e o resto é claramente um pelotão perseguidor. Félix Auger-Aliassime, apesar da nota negativa geral, saiu grande vencedor das ATP Finals ao somar 400 pontos com duas vitórias na fase de grupos e queda nos quartos de final.

Depois de um trajeto árduo até Turim, foi recompensado e está agora no novo máximo de carreira, número 5 do mundo. Taylor Fritz e Alex de Minaur mantêm sexto e sétimo, apesar do australiano ter chegado às meias-finais. Já Ben Shelton, sem triunfos em Turim, acabou por sair prejudicado e caiu quatro lugares.

Shelton chegou a Turim como número 1 americano, mas os 200 pontos somados por Fritz consolidam-no como o segundo melhor dos EUA. O resto do top 20 mantém-se inalterado após as ATP Finals.

Jack Draper termina em 10.º após o interregno por lesão e depois de ter estado no top 5 durante boa parte da época. Alexander Bublik está à porta do top 10, o que será um marco quando acontecer. O cazaque mostrou o que se consegue ao encarar os grandes de frente: venceu quatro títulos este ano e é uma verdadeira história de sucesso.

Mais abaixo, quem precisa de um grande 2026 são Daniil Medvedev, em 13.º, Andrey Rublev, em 16.º, Tommy Paul, em 20.º, e Stefanos Tsitsipas, em 35.º. Todos antigos habitués do top 10 e, na maioria, já qualificados para Turim no passado, o enredo mudou e, se não tiverem cuidado, arriscam um exílio competitivo.