“É um torneio de exibição chamado Taça Davis”: Alexander Zverev critica duramente o formato atual da competição

ATP
domingo, 16 novembro 2025 a 00:00
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A derrota de Alexander Zverev frente a Felix Auger-Aliassime nas ATP Finals, na sexta-feira, acabou com as suas esperanças de alcançar as meias-finais. O alemão caiu por 4-6, 6-7(4) diante do canadiano e despediu-se de Turim com apenas uma vitória e duas derrotas.
A derrota e a eliminação nas ATP Finals — na sua 8.ª participação no torneio — não foram o único tema que quis abordar na sala de imprensa. Ainda é cedo para Zverev pensar em férias, porque tem um último compromisso antes de fechar a época: as Davis Cup Finals, onde se juntará à Alemanha para defrontar a Argentina nos quartos de final, marcados para Bolonha.
Zverev não terá de viajar muito desta vez para a fase final do torneio de seleções. Ainda assim, o n.º 3 do mundo recorda com carinho os duelos de Taça Davis em casa e fora e admitiu não estar satisfeito com o formato atual. “A verdadeira Taça Davis é com eliminatórias em casa e fora”, afirmou o três vezes finalista de Grand Slam. “Para mim, se estiveres na final da Taça Davis, fico mais do que feliz por jogar mais uma semana depois das ATP Finals. Mas disputar quartos de final, meias-finais, não me agrada muito porque pode ser uma perda de tempo.”
Zverev, a par de Carlos Alcaraz, será um dos únicos Top 10 presentes na fase final da Taça Davis — enquanto figuras como Jannik Sinner e Lorenzo Musetti estão ausentes. A equipa da casa [Itália] terá de reagir à ausência das suas duas principais figuras, o que pode ser embaraçoso, sobretudo por ser o país que acolhe todas as eliminatórias a partir dos quartos de final.
“Jogar contra a Itália em Itália seria um ambiente completamente diferente de jogar contra a Itália em Espanha”, referiu Zverev. “Defrontei o [Rafael] Nadal numa praça de touros em 2018. Para mim, isso é a verdadeira Taça Davis. Não acho que esta Taça Davis seja a verdadeira Taça Davis. É um torneio de exibição, de certa forma, que se chama Taça Davis.”

Análise à derrota com Auger-Aliassime

O tema central da noite foi a derrota em Turim para Felix, que encerrou uma época em que Zverev ficou um degrau atrás do domínio de Sinner e Alcaraz — mas manteve-se no Top 3 graças a grandes campanhas e vitórias nos torneios mais importantes. Sacha terminou com um total de 55 vitórias e 25 derrotas, um título e mais de 5 milhões de dólares em prémios.
Ainda assim, a derrota para Felix pesou no alemão. Reconheceu a grande evolução de Auger-Aliassime nos últimos meses, mas acrescentou que sentiu ter feito o seu pior encontro de memória recente. “Acho que o Felix evoluiu como tenista nos últimos meses. Penso que jogou melhor aqui do que em Nova Iorque”, comentou, recordando a recente derrota na terceira ronda do US Open precisamente diante do canadiano.
O alemão chegou a Turim com otimismo, após um outono mais estável, mas o resultado e o nível não corresponderam às expectativas. “Também tenho de ser honesto comigo mesmo. Este foi o pior encontro que joguei no último mês, tirando o jogo com o Sinner em Paris porque não estava em condições. Sim, da minha parte, não foi um bom jogo de ténis.”

Uma época que o deixa insatisfeito

Zverev não fugiu a uma avaliação mais ampla da sua campanha de 2025, que descreveu como uma das mais frustrantes da carreira. “Para mim, uma época incrivelmente insatisfatória. A temporada de ténis é longa, tens muitos altos e baixos. Para mim, não houve muitos altos. Penso que para mim, a final do Australian Open, Munique como referiste. De resto, estou muito insatisfeito.”
Mesmo com uma final de Grand Slam e um título em casa, Zverev deixou claro que a fasquia se mantém alta. A combinação de irregularidade, problemas físicos e oportunidades perdidas moldou um ano que considera aquém do que exige de si próprio.
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