Novak Djokovic acredita que está no seu auge aos 36 anos e não se considera velho: "Acho que é uma questão de mentalidade, na verdade. A idade é apenas um número"

Para muitos especialistas e adeptos, Novak Djokovic está no auge da sua capacidade física, depois de uma época excecional em que conquistou três títulos do Grand Slam (para além de ter chegado à final de Wimbledon) e assegurou o título de campeão ATP Final, terminando o ano como número 1 do mundo pela oitava vez na sua carreira. O maestro do ténis, de 36 anos, foi também nomeado campeão mundial da ITF durante a época.

Ao refletir sobre a sua ilustre carreira, Djokovic recordou outras épocas notáveis, como 2011 e 2015, e estabeleceu comparações com os seus desempenhos mais recentes no Tour. Para "Nole", a mentalidade desempenha um papel crucial na sua preparação para se manter no topo, apesar de ter mais de 35 anos.

Numa entrevista recente a John Wertheim no programa 60 Minutes, o 24 vezes campeão do Grand Slam reconheceu que 2023 está ao lado das melhores épocas da sua carreira e que está no seu auge aos 36 anos: "Posso dizer que sim. Tive a sorte de ter tido várias épocas de topo durante a minha carreira. 2011 foi o primeiro ano em que tive uma série de mais de 40 jogos ganhos sem qualquer derrota. A primeira derrota veio, não sei, depois de 10 torneios, a meio da época", afirmou o sérvio.

"Foi a primeira vez que ganhei três Grand Slams num ano. E tive vários anos em que ganhei três Slams num ano: 2015, 2016. Tive talvez 18 ou 19 finais seguidas. Portanto, esses foram os melhores momentos dos meus 20 anos. E agora, na casa dos 30, tenho estado a viver alguns anos muito bons, particularmente em 21 e este ano, em 23", acrescentou Djokovic.

De acordo com o atual número 1 do mundo, a idade é "apenas um número", e acredita que a mentalidade e o esforço são fundamentais para manter a melhor condição física: "Acho que é a mentalidade, de facto. A idade é apenas um número. É um cliché, mas é realmente uma abordagem psicológica que se tem à vida, à idade, à carreira e a tudo."

"Fundamentalmente, esforço-me muito por ter uma rotina adequada para evitar lesões e ausências da digressão. Não vejo qualquer limite em termos de idade. Já ultrapassei os 35 anos, agora tenho de pensar em mim como um velho? Na verdade, não penso dessa forma", concluiu "Nole".