Novak Djokovic luta contra duas feras na tentativa de supremacia no ténis, diz Tracy Austin: "Não está a competir apenas contra os seus adversários, mas também contra a história"

Tracy Austin partilhou a sua opinião sobre o incrível ano de Novak Djokovic e a sua capacidade de continuar a bater recordes aos 36 anos.

O ano de 2023 de Djokovic foi extraordinário e um dos mais bem sucedidos da sua carreira, com um registo notável de 27-1 em Grand Slams. Conseguiu a vitória em três deles, ficando apenas aquém na final de Wimbledon contra Carlos Alcaraz. Além disso, Djokovic triunfou no ATP Finals e terminou a temporada como o indiscutível número 1 do mundo. A americana Tracy Austin, ex-número 1 do mundo, comentou recentemente o excelente ano do sérvio numa entrevista ao Tennis.com:

"Que 2023 incrível teve Novak Djokovic. Ganhar três majors na sua idade - 36 anos - mostra que a sua fome de superação nunca desiste. Novak está sempre procurando fazer aquelas melhorias de um por cento: tudo, desde dieta, agilidade, golpes como seu saque e voleios de forehand", disse o bicampeão do Grand Slam.

"Estabeleceu novos recordes no ténis masculino: 24 títulos de singulares do Grand Slam e terminou o ano oito vezes como número 1 do mundo. São grandes feitos que podem ser inalcançáveis", acrescentou.

Austin também enfatizou a importância de ter um bom desempenho em momentos cruciais e observou que, durante esses momentos, Djokovic simplesmente se fecha e joga no seu melhor nível absoluto:

"Novak jogou seis desempates - 55 pontos no total em Roland Garros. Nem uma vez nesses 55 pontos ele cometeu um erro não forçado! Como sabemos, no ténis, alguns pontos são maiores do que outros. E quando é mais importante, Novak fecha-se em copas. Ele está agora na fase em que está a competir não só contra os seus adversários, mas também contra a história", concluiu Tracy Austin.

'Nole' concluiu o ano com um recorde de 56-7, assegurando sete títulos e ganhando 15.936.097 dólares em prémios monetários. O sérvio terminou o ano como o número 1 do mundo pela oitava vez, um recorde absoluto na história do ténis. Djokovic também conquistou o seu sétimo título no ATP Finals, solidificando o seu estatuto de maior vencedor de sempre do torneio.