Stefanos Tsitsipas tem estado nas notícias pelas piores razões recentemente, após surgirem relatos de que circulou a 210 km/h no seu país, a Grécia. Estes, no entanto, foram desmentidos pelo seu advogado, que afirmou que o carro era conduzido por uma terceira pessoa.
O episódio ocorreu a 24.09.2025, quando câmaras digitais apanharam um Lotus a acelerar pela Attiki Odos, uma autoestrada na Grécia. Ia muito acima do limite de 120 km/h aplicado nesse troço, colocando Tsitsipas em apuros. Sendo o carro dele, foi posteriormente obrigado a pagar a multa de €2000, tornando-se assim num dos primeiros a receber uma coima digital. Estas tinham sido introduzidas na Grécia para tornar o pagamento de multas mais simples e direto. Além disso, teve a carta de condução apreendida por um ano.
Apesar disso, tudo indica que Tsitsipas não estava ao volante. O seu advogado, Thanasis Papathanasiou, tratou de esclarecer a situação. “Relativamente ao incidente que se tornou público, o carro estava a ser conduzido por uma terceira pessoa. A questão da multa e a entrega da carta foram todas resolvidas”, afirmou.
No geral, parece que o jogador de 27 anos se livrou do problema. Tinha regressado à Grécia após uma lesão lombar o impedir de continuar a competir. Por isso, falhou a digressão asiática para se focar numa recuperação total. Na altura do incidente, disputava-se o Japan Open, com o China Open prestes a começar. Eram grandes torneios ATP 500 que Tsitsipas perdeu, desperdiçando a oportunidade de somar pontos importantes enquanto o seu total ia diminuindo. Pela primeira vez desde julho de 2018, deixou de figurar no top 30 mundial. Isso deve-se à sua recente má forma, longe dos patamares que já atingiu.
É finalista de Grand Slam por duas vezes e, num universo alternativo distante, podia ter erguido um troféu. Depois de se colocar a vencer por dois sets frente a Novak Djokovic na final de Roland-Garros 2021, parecia destinado a cumprir o seu destino. Infelizmente, não aconteceu. O sérvio recuperou para partir o coração de Tsitsipas e impedi-lo de um primeiro major. A segunda final chegou pouco menos de dois anos depois, no Open da Austrália 2023, onde novamente Djokovic prevaleceu, dessa vez em sets diretos.
E agora, qual o rumo de Tsitsipas
Em meados de outubro, escreveu no X: “Assistir de perto à grandeza deixa-te com fome de mais. A trabalhar arduamente para terminar a época em alta em Viena, Paris e Atenas.” Não jogou em nenhum desses torneios por estar a recuperar de uma cirurgia a uma lesão lombar. Embora tenha recuperado a tempo de substituir Jack Draper no Six Kings Slam, não conseguiu disputar nenhum dos três eventos prometidos. O mais marcante seria uma estreia no Campeonato Helénico, em casa.
Embora tenha sido uma ausência dolorosa, haverá sempre o próximo ano. Falando de 2026, está mesmo ao virar da esquina e será um ano de enorme importância para Tsitsipas. A sua ambição é regressar ao patamar onde já esteve, a lutar regularmente pelos maiores títulos. O primeiro passo é o regresso à United Cup, na Austrália. A representar a Grécia, fará dupla com Maria Sakkari, tentando ultrapassar a fase de grupos. Uma tarefa que falharam no ano passado. Depois de vencerem a Espanha, precisavam de superar o Cazaquistão, mas foram derrotados por 3-0. Ele espera começar o ano melhor, não só por si, mas também pelo seu país.