Patrick Mouratoglou explica de forma simples porque é que Novak Djokovic está à frente no debate sobre o melhor jogador do mundo: "Aos 36 anos, Roger Federer não foi capaz de ganhar 3 Slams"

Patrick Mouratoglou comparou Roger Federer e Novak Djokovic, destacando a capacidade do jogador sérvio de ganhar vários Grand Slams depois dos 35 anos.

O antigo treinador de Serena Williams comentou recentemente a diferença entre "Fed" e "Nole" na sua opinião.

De acordo com Mouratoglou, a consistência de Djokovic é algo que Federer não tinha na mesma idade. Desde que completou 35 anos, o jogador suíço conseguiu vencer Wimbledon e o Open da Austrália em 2017 e 2018, sendo este último a sua última vitória no Slam aos 36 anos.

Por outro lado, Djokovic venceu todos os Grand Slams a partir do momento em que completou 35 anos, em maio de 2022. Nas suas últimas cinco participações, apenas falhou a final de Wimbledon em 2023, enquanto em 2022 não esteve disponível para o Open dos Estados Unidos. Mouratoglou expressou a opinião de que Federer não tinha a mesma consistência que Djokovic com a mesma idade:

"Ouvimos muitas vezes que o que Roger fez entre 2017 e 2019 é tão bom como o que Novak está a fazer agora, e que Roger foi um melhor jogador em 2017, 2018, do que antes. Mas aos 36,37 anos, Roger não foi capaz de ganhar três dos quatro Grand Slams e ser consistente durante todo o ano e estar realmente, um passo acima de todos os jogadores. Isso não aconteceu".

"A diferença é que Novak, fisicamente, está tão bem hoje como quando tinha 26 anos. Quando se está a esse nível físico, é possível ser consistente durante todo o ano e vencer todos os melhores jogadores do mundo numa base consistente. É uma grande diferença", disse Mouratoglou.

Além disso, sublinhou que Federer era um melhor jogador de ténis aos 37 anos:

"Penso que o Roger foi, de certa forma, um melhor jogador em 2018 do que era antes, na verdade, por uma razão principal. O seu backhand."

"Ele tomou uma decisão importante e começou a pegar na bola muito mais cedo no lado do backhand e a devolver o flat, em vez de devolver o slice, sistematicamente, o que fez uma grande diferença", disse Patrick Mouratoglou.