Stan Wawrinka critica os Grand Slams e os organismos reguladores do ténis por tomarem decisões sem a intervenção dos jogadores: "Hoje, estamos presos até ao dia em que os jogadores disserem "pára"

O antigo número 3 do mundo Stan Wawrinka criticou os Grand Slams e os organizadores dos torneios por tomarem decisões importantes sem consultarem os jogadores, acusando-os de só pensarem neles próprios.

O tricampeão do Grand Slam sempre se manifestou quando se trata de questões relacionadas com o ténis, com as suas mais recentes reclamações dirigidas à ITF por ter alterado o formato da Taça Davis. O jogador suíço acusou o organismo dirigente de "pagar a pessoas para apoiarem e fazerem barulho por cada país em cada jogo";

"Eles não redistribuem o suficiente para o ténis em comparação com o rendimento que geram. E têm demasiado poder porque ganham [muito] dinheiro", disse Wawrinka numa entrevista ao L'Equipe. "Os Slams são onde a história do ténis é escrita. Estas são as Federações mais ricas que não redistribuem muito. Mesmo entre elas, não há comunicação. Hoje em dia, as receitas dos Grand Slams são muito importantes e a percentagem devolvida aos jogadores é ridícula. Não aumentou praticamente nada".

O jogador de 38 anos argumentou que, embora os jogadores recebessem mais dinheiro nos Grand Slams, estes torneios estavam a reter a grande maioria do dinheiro que ganhavam.

"Hoje, estamos presos até ao dia em que os jogadores disserem "pára", acrescentou. "A Tennis Australia apareceu para dizer: 'Vamos começar no primeiro domingo', assim, obrigado, adeus. Alguém nos perguntou o que pensávamos sobre isso? Não. É assim. De fora, dizemos a nós próprios que isto não é normal. Significa que não trabalhamos em conjunto".