"Para o bem do ténis e da sua história, esta competição tem de sobreviver": Djokovic apela a uma revisão do formato das finais da Taça Davis

Novak Djokovic instou a ITF (Federação Internacional de Ténis) a iniciar um diálogo com os jogadores sobre o futuro da Taça Davis, uma vez que está muito preocupado com a estrutura atual.

Iniciada em 1900, a Taça Davis é um dos torneios mais antigos do ténis, mas nos últimos anos foi relançada depois de a Kosmos ter estabelecido uma parceria com a ITF.

O acordo, que previa uma duração de 25 anos, resultou na eliminação dos jogos em casa e fora. Mas foi rescindido no início deste ano devido a um litígio com a empresa gerida por Gerard Piqué, antigo futebolista do Barcelona.

Stan Wawrinka foi ao Twitter para criticar a falta de público contra a França em Glasgow e marcou Piqué, que respondeu de forma simples quando questionado sobre o fim do acordo: "Ainda não sabemos, vamos ver o que diz o juiz".

Bem, para Djokovic, ele quer ver uma revisão. "O formato precisa de uma revisão, claro, mas não estando na ITF não posso dizer o que se está a passar", disse o 24 vezes vencedor do Grand Slam aos jornalistas antes da sua participação na Sérvia este fim de semana.

"Espero que consultem os jogadores para esta mudança, porque nunca nos consultam. Penso que os jogadores deviam participar muito mais neste tipo de mudanças, temos de nos sentar todos juntos e falar sobre o futuro. Se a ITF não fizer as coisas corretamente, sinceramente não sei o que vai acontecer a este torneio".

"Para bem do ténis e da sua história, esta competição tem de sobreviver, porque é a competição por equipas mais antiga que temos. Não há nada mais importante do que representar o nosso país, por isso vamos ver como vão redefinir o formato."

No entanto, o jogador atribui as culpas a Piqué e a Kosmos à ITF e diz que a primeira deveria ser criticada.

Não acho que a culpa seja do Piqué, por isso não o vou criticar", continuou. "Penso que a ITF é quem toma a última decisão, a que tomou há cinco anos para modificar o formato".

"Ele juntou-se ao Grupo Kosmos porque viram uma oportunidade para crescer, mas não vejo ninguém a queixar-se à ITF. O formato gera várias opiniões, umas a favor e outras contra, mas há cinco anos toda a gente apostava numa mudança de formato, toda a gente concordava que o formato antigo precisava de uma mudança".

"Agora é altura de encontrar esse equilíbrio com um formato que funcione. No primeiro ano, em 2019, todos jogaram em Madrid, deixando 99% dos países sem a possibilidade de jogar em casa. A Sérvia, por exemplo, não joga uma eliminatória em casa há 4-5 anos, é demasiado tempo para nós, muito tempo sem permitir que os sérvios vejam os seus jogadores."

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