Caroline Wozniacki considera "inevitável" a mudança para o WTA da Arábia Saudita: "Temos a oportunidade de fazer uma mudança e de fazer algo de bom no país"

Depois de ter sido derrotada na segunda ronda do Open da Austrália de 2024, Caroline Wozniacki considera inevitável que o WTA Finals acabe por ser disputado na Arábia Saudita, embora acredite que é uma boa oportunidade para mudar a situação, apesar de compreender as violações dos direitos humanos.

Muitos jogadores foram questionados sobre este assunto, especialmente com a nomeação de Rafael Nadal como embaixador da Federação Saudita de Ténis, que foi o cerne da questão e tem sido para a maioria dos jogadores. Mas Wozniacki adoptou uma posição semelhante à de Iga Swiatek quando questionada sobre a WTA, com os rumores que continuam a pairar em torno do torneio de fim de ano.

Apesar de Chris Evert e Martina Navratilova também terem escrito uma carta aberta nas últimas 24 horas à WTA para que a provável mudança para Riade, na Arábia Saudita, fosse travada ou, pelo menos, colocada em cima da mesa e considerada em vez de seguir as riquezas que o povo saudita está a injetar no desporto atualmente.

Para Wozniacki, a sua campanha em Melbourne terminou durante a noite, com a vitória de Maria Timofeeva por 1-6, 6-4 e 6-1 sobre a qualifier russa, o que fez com que a ex-campeã não jogasse até Indian Wells, sem vontade de ir para o Médio Oriente.

"Honestamente, não li muito sobre o Rafa e o que ele está a fazer, mas é óbvio que a Arábia Saudita está a entrar no desporto de uma forma muito forte. Penso que tanto no golfe como no futebol e agora no ténis", afirmou.

"Acho que é inevitável que isso aconteça e, quando acontecer, acho que temos a oportunidade de mudar e fazer algo de bom", continuou.

"Obviamente que tenho consciência dos direitos humanos e de tudo o resto, mas penso que quando é inevitável que tenham tanto dinheiro para investir no desporto, penso que quando somos colocados nessa situação, podemos talvez mudar, fazer uma mudança e fazer algo de positivo".