Emma Raducanu deu uma possível razão para as suas muitas mudanças de treinador nos últimos dois anos, dizendo que as perguntas "provocadoras" e "desafiantes" podem ter sido um fator contribuinte.

A campeã do Open dos Estados Unidos de 2021 tem passado por momentos difíceis no WTA Tour desde que se tornou a primeira qualifier não-semeada a vencer um Grand Slam na Era Aberta. O seu torneio mais recente foi o Open de Estugarda, em abril, onde perdeu para Jelena Ostapenko na primeira ronda.

Depois disso, anunciou que ia fazer uma pausa para se submeter a uma cirurgia aos pulsos e ao tornozelo e prepara-se agora para regressar em 2024. Para além das lesões, muitos fãs atribuíram as suas dificuldades às frequentes mudanças de treinador.

Raducanu diz que alguns treinadores não conseguiram acompanhar as perguntas

A jovem de 20 anos começou a sua carreira com Nigel Sears, mas separou-se dele pouco depois de ter chegado à quarta ronda de Wimbledon 2021. Depois juntou forças com Andrew Richardson, que a ajudou a conquistar o título em Flushing Meadows.

Depois disso, Raducanu trabalhou com Torben Beltz de setembro de 2021 a abril de 2022, antes de mudar para Dimitri Tursunov, que alertou sobre "bandeiras vermelhas" para a jovem estrela do tênis se ela continuasse a ouvir muitas pessoas em sua carreira. A britânica passou então a treinar com Sebastian Sachs, mas separaram-se em junho deste ano e ela ainda não confirmou um novo treinador.

"Faço muitas perguntas aos meus treinadores", explicou no programa Today da BBC Radio 4. "Em certas ocasiões, eles não conseguiram acompanhar as perguntas que fiz e talvez tenha sido por isso que acabou.

"É algo que sempre fiz. Estou sempre a provocar e a fazer perguntas aos treinadores e a desafiar o seu pensamento também. Não sou uma pessoa a quem se pode dizer o que fazer e eu faço-o, preciso de perceber porquê e depois faço-o", continuou.

Raducanu também falou sobre a sua mentalidade antes do seu regresso ao desporto, dizendo que está ansiosa por uma nova etapa.

"Vou regressar provavelmente com uma classificação mais baixa, mas estou ansioso por começar de novo, por fazer uma espécie de reset.

"Ainda tenho novos objectivos, novas coisas que quero alcançar. Mas ainda me restam uns 15 anos de carreira, por isso não há pressa", disse ela.