Alize Cornet é a primeira a boicotar o regresso da WTA à China após a situação de Peng Shuai - "Manter-me fiel às minhas convicções"

Alize Cornet anunciou que não participará em torneios na China este ano devido ao que designou como "as minhas convicções" na sequência da situação de Peng Shuai.

O regresso dos torneios WTA à China não agradou a todos. Em 2021, todos os torneios no país foram suspensos após as alegações de abuso sexual feitas por Peng Shuai virem à tona.

Em novembro do mesmo ano, a tenista chinesa publicou uma extensa mensagem no Weibo (semelhante ao Facebook na China) acusando Zhang Gaoli, um antigo vice-primeiro-ministro chinês e membro de alto nível do Partido Comunista Chinês, de ter abusado dela.

A publicação foi apagada da rede social apenas 30 minutos depois e não foi possível ver Peng em público. O Comité Olímpico Internacional declarou, três semanas mais tarde, que tinha falado com a tenista e que esta lhe tinha transmitido que estava bem e em segurança. No entanto, nessa altura, foi considerado insuficiente para garantir o bem-estar de Shuai.

Em 2023, foi anunciado que o WTA Tour regressaria à China, país que já tinha acolhido nove torneios (o maior número de todos os países), incluindo um evento WTA 1000 obrigatório em Wuhan e as Finais da Associação de Ténis Feminino (WTA) em Shenzhen, com prémios monetários recorde.

A tenista francesa Alize Cornet declarou recentemente que não participará em torneios na China este ano, fazendo o anúncio através dos seus canais nas redes sociais. Cornet explicou no Instagram.

"Mantendo-me fiel às minhas convicções e cuidadoso com a minha saúde, decidi que não jogarei na China este ano. A minha época será, portanto, retomada em outubro".

Os torneios na China são conhecidos por oferecerem os prémios monetários mais elevados para os jogadores de ténis. De facto, a ATP nunca suspendeu os torneios realizados na China, onde se realizam uma parte significativa dos eventos do circuito, que apresentam alguns dos prémios monetários mais elevados do ano.