“Um ano depois, soube muito bem voltar a um campo de ténis” Rafael Nadal troca bolas com Alexandra Eala no aniversário da sua retirada

Rafael Nadal regressou aos courts após a sua retirada do desporto. No entanto, não se trata de um regresso ao circuito profissional. Assinalou a data com uma sessão com a muito promissora Alexandra Eala exatamente um ano após a sua despedida.

Numa carreira altamente laureada, em que construiu um legado enorme, Nadal ficará na memória como um dos maiores tenistas a pisar um court. Conquistou impressionantes 22 Grand Slams, 14 deles na sua superfície predileta, a terra batida de Roland Garros, palco onde foi praticamente imbatível no auge. Completou o Career Slam em 2010, ao erguer o troféu no US Open, juntando-se às lendas da modalidade. Os seus dois últimos títulos major chegaram em 2022, ano em que venceu o Australian Open e um histórico 14.º Roland Garros.

Tentou resistir, mas as lesões acabaram por levar a melhor. Anunciou que a última competição da carreira seria as Finais da Taça Davis de 2024, em Málaga. Voltou a representar o seu país, mas não conseguiu superar o neerlandês Botic van de Zandschulp. A Espanha cairia mais tarde nas pares, assinalando o fim de uma campanha gloriosa do especial espanhol.

No primeiro aniversário, Nadal voltou ao court com motivações diferentes. Num vídeo que publicou no Instagram, vê-se o espanhol a preparar-se para entrar novamente em ação. Atou os atacadores, voltou a colocar grip na raquete e seguiu para o court. Do outro lado estaria Eala, que deu passos enormes na sua carreira de ténis na Rafael Nadal Academy.

Entraram no court e trocaram algumas bolas, com Nadal a divertir-se e a sorrir do início ao fim. Eala aproveitou a oportunidade, atacando a bola e disparando uma direita para lá do jogador de 39 anos, antes de celebrar, algo que Nadal achou graça. “Um ano depois, soube muito bem voltar a um court de ténis! Foi ótimo treinar contigo @AlexEala05! Da próxima vez estarei mais forte”, escreveu.

Tem sido um ano marcante para a jogadora de 20 anos, natural das Filipinas. Começou o ano fora do top 140 e terminou-o no top 50 após uma sequência de resultados excelentes. O mais inesperado e impressionante surgiu em Miami. Já tinha disputado o torneio em 2022 e 2023, com derrotas na ronda inaugural.

Eala explodiu para o grande palco com uma campanha fulgurante na Florida. Venceu antigas campeãs de Grand Slam como Jelena Ostapenko, Madison Keys e, de forma ainda mais notável, a seis vezes campeã de majors Iga Swiatek, numa caminhada hipnotizante até às meias-finais. Aí, mediu forças com Jessica Pegula, onde a sua incrível série terminou numa derrota em três sets. Ainda assim, chegar às meias-finais de um WTA 1000 é um feito assinalável.

Depois, fez a sua estreia em Grand Slams em Roland Garros, o palco de tantas conquistas de Nadal. Na época de relva, Eala procurou fazer mais história para o seu país. Tornou-se na primeira filipina a entrar no top 100 do ranking e foi a primeira tenista do seu país a alcançar uma final WTA. Conseguiu-o como qualifier em Eastbourne. Após um duelo muito renhido com a jovem promessa maya Joint, foi preciso um tie-break no terceiro set para as separar. Infelizmente para Eala, não conseguiu fechar o título, desperdiçando quatro match points.

O seu primeiro título WTA chegaria mais tarde, no WTA 125 de Guadalajara. Continuou a progredir de forma constante na digressão asiática, subindo com sucesso ao top 50 pela primeira vez na carreira. No final da temporada de 2025, termina o ano como número 50 do mundo. O futuro é risonho para Eala, que muitos apontam como candidata a ir longe no circuito.