"É bom estar de volta com os rapazes" Grigor Dimitrov entusiasmado por regressar ao Masters de Paris após três meses de paragem

Grigor Dimitrov está a preparar o seu regresso aos courts esta semana no Masters de Paris, depois de mais de 3 meses fora de competição. O búlgaro passou de um grande 2024 - em que regressou ao top-10 - para um 2025 marcado por lesões, a última das quais ocorrida a meio de um jogo de Wimbledon.

Dimitrov esteve perto de conseguir uma das maiores surpresas do torneio em Wimbledon. Chegou à quarta ronda depois de derrotar Yoshihito Nishioka, Corentin Moutet e Sebastian Ofner, e enfrentou o número 1 do mundo, Jannik Sinner. O italiano era o favorito, mas Dimitrov venceu os dois primeiros sets por 6-3 e 7-5. No entanto, no terceiro set - com o resultado em 2-2 - Dimitrov sofreu uma lesão que o obrigou a retirar-se, dando a Sinner a passagem para os quartos de final.

Esta foi uma situação peculiar para Dimitrov, que se retirou de um torneio do Grand Slam devido a lesão pela 5ª vez consecutiva (Wimbledon e US Open 2024; Open da Austrália, Roland Garros e Wimbledon 2025). Desta vez, uma lesão no peitoral obrigou-o a estar mais de três meses afastado dos courts, falhando por completo a fase de hardcourt na América do Norte e a fase asiática.

Esta semana traz finalmente boas notícias para o veterano Dimitrov, que regressa aos courts após 14 semanas. O jogador de 34 anos vai competir no Masters de Paris - um torneio onde chegou à final em 2023 e aos quartos de final em 2024. Embora se pensasse que Dimitrov poderia não regressar este ano, conseguiu recuperar para um último torneio da época.

"Há muitos sentimentos bons e mistos da forma mais positiva possível, mas é bom estar de volta com os rapazes e começar a desafiarmo-nos uns aos outros novamente", disse Dimitrov ao ATPTour.com. "Tem sido uma boa semana para mim até agora, a tentar passar o maior número de horas possível no campo, porque era isso que eu desejava. Ao mesmo tempo, também estou a tentar manter as coisas no mais básico."

Dimitrov chega ao torneio depois de uma queda no ranking - não conseguiu acumular pontos durante vários meses - e prepara-se para se estrear contra um adversário difícil esta segunda-feira: o local Giovanni Mpetshi Perricard (n.º 56). "Sempre adorei estes últimos torneios do ano", disse Dimitrov. "É claro que o meu objetivo é voltar com força total no próximo ano, mas é um grande desafio para mim neste momento, só para ver como o corpo vai reagir."

"De um modo geral, não estou a tentar pensar demasiado em nada neste momento, apenas a tentar ser o mais gentil possível comigo, com o meu corpo, e a testar-me para ver realmente em que mais preciso de trabalhar, especialmente na próxima época."

Dimitrov vai aproveitar a oportunidade para fazer uma aparição nos pares, algo pouco habitual para o búlgaro, que só jogou pares em Indian Wells este ano, quando fez equipa com o italiano Luciano Darderi - sendo eliminado na primeira ronda. O ex-campeão do ATP Finals terá desta vez um parceiro especial: o pentacampeão de Major Nicolas Mahut, que jogará o último torneio da sua carreira.

"Sempre quisemos fazer algumas sessões de duplas juntos ao longo dos últimos anos, mas, sinceramente, nunca consegui comprometer-me", disse Dimitrov sobre Mahut. "Era a altura certa. Era o último torneio para ele e fazia sentido. Tenho uma relação muito sentimental com ele".

A campanha de pares da dupla Dimitrov/Mahut terá início esta terça-feira, defrontando Hugo Nys e Edouard Roger-Vasselin, naquele que poderá ser o último jogo profissional de Mahut, de 43 anos. "Durante tantos anos, jogámos um contra o outro. Competimos mais do que uma vez numa ocasião tão importante. Por isso, é seguro dizer que é um bom final para ele".