“Gostava de ir além das meias-finais nos Grand Slams”: Jack Draper aponta ao grande salto em 2026 após uma época fustigada por lesões

ATP
domingo, 16 novembro 2025 a 10:00
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Jack Draper já antecipa o regresso aos courts nas próximas UTS Finals, após mais de três meses parado. O antigo n.º 4 mundial vivia uma época de sonho, com o primeiro título de Masters 1000 em Indian Wells, o melhor ranking no Top 5 e o estatuto de um dos favoritos a desafiar o domínio de Carlos Alcaraz e Jannik Sinner.
Porém, as lesões voltaram a travar a carreira do britânico de 23 anos. Em Wimbledon, parecia a oportunidade ideal para dar um salto, a jogar em casa, numa superfície que o favorece, e em excelente forma no circuito. Sofreu uma derrota surpreendente para Marin Cilic na segunda ronda e, pouco depois, anunciou uma contusão óssea no braço esquerdo.
“Comecei a sentir algo diferente em Madrid este ano”, comentou Draper em entrevista à Tennis Majors. “Joguei com isso até Wimbledon, depois fiz uma ressonância que mostrou uma contusão óssea no úmero. Tem havido uma espécie de epidemia disto no ténis recentemente.”
Draper optou por não competir durante a digressão norte-americana de hard court nos dois meses seguintes e reapareceu no US Open. Jogou pares mistos em Flushing Meadows ao lado de Jessica Pegula — chegou às meias-finais — e, no quadro de singulares, sofreu para ultrapassar a primeira ronda frente ao n.º 270 mundial Federico Agustín Gómez, antes de desistir do encontro da segunda ronda contra Zizou Bergs.
Dias depois, o canhoto anunciou que a lesão no braço exigia mais descanso e encerrou a época de forma prematura. Draper manteve-se no Top 5 apesar das saídas precoces em dois Grand Slams consecutivos e era um dos nomes dados como certo nas ATP Finals. Porém, escolheu focar-se na recuperação. “Foi difícil de aceitar, sobretudo depois de ter trabalhado tanto em todas as outras áreas”, comentou o campeão de Indian Wells 2025. “Esta lesão pareceu-me fora do meu controlo. Tentei aguentar com treinos para o US Open, mas tive de desistir e parar.”
O britânico reconheceu que tenta não se prender demasiado à quebra no ranking ou ao azar da lesão precisamente no seu melhor momento. “Muito difícil. Mas o desporto tem altos e baixos”, referiu. “Estava numa trajetória incrível, o meu ténis e o meu corpo melhoravam a cada dia. A adversidade torna-me sempre mais forte, por isso tento não remoer e seguir em frente.”

Draper escolhe exibição em Londres para o primeiro jogo após a lesão

O panorama começa a melhorar para Draper, que regressará aos courts dentro de semanas, durante a off-season. Vai participar na UTS Grand Final — de 05.12.2025 a 07.12.2025 em Londres — um torneio de exibição que reunirá nomes como Alex De Minaur, Casper Ruud e Andrey Rublev, e onde o jogador da casa, Draper, marcará presença.
“A UTS foi um grande trampolim. Estar em Londres, com público da casa e o meu treinador no court, foi fantástico. Deu-me confiança para entrar em 2024. O ambiente era diferente, a jogar com alguns grandes jogadores. Há tanto a acontecer num jogo da UTS que exige muito a nível mental e físico. A minha respiração tentava acompanhar o ritmo da minha mente.”
Draper já aponta metas para 2026, ano em que terá uma defesa significativa de pontos na primeira metade da temporada. Depois de cair para o Top 10, precisa de somar vitórias rapidamente para não se afastar demasiado no ranking e definiu objetivos claros para o próximo ano. “Quero ir além das meias-finais, ser top quatro nos Grand Slams, voltar ao top 10 e ganhar mais torneios 250 e 500. Quero mais consistência nos grandes eventos e campanhas mais profundas.”
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