Novas alterações às regras de programação da ATP e da WTA feitas após queixas dos jogadores durante a época de 2023, estando também em curso uma análise das bolas de ténis

A ATP e a WTA vão alterar os regulamentos para resolver problemas com os calendários dos torneios e vão também avaliar as mudanças de bola em cada torneio, na sequência de queixas de vários jogadores ao longo da época de 2023.

Em primeiro lugar, o limite máximo de cinco jogos por dia, por campo, a partir das 11 horas. Durante a sessão diurna, serão organizados três jogos, enquanto a sessão nocturna será composta por dois jogos.

Alguns jogadores que tiveram problemas com os horários e expressaram abertamente a sua insatisfação incluem o tricampeão do Grand Slam Andy Murray, o número 1 do mundo Iga Swiatek e a número 3 do mundo, Elena Rybakina. É de salientar que nenhum jogo pode começar depois das 23 horas, a menos que seja aprovado pelo supervisor da WTA/ATP em consulta com a direção de ambas as organizações. Os jogos que não tenham começado até às 22h30 serão transferidos para um court alternativo, garantindo o cumprimento do horário.

Além disso, as sessões nocturnas devem agora começar o mais tardar às 19h30, recomendando-se que comecem a partir das 18h30. Pretende-se assim oferecer um horário mais favorável aos jogadores e espectadores, optimizando a experiência global do torneio. No que diz respeito às bolas de ténis, está em curso uma revisão estratégica das bolas utilizadas nos circuitos, e as alterações daí resultantes serão implementadas o mais tardar em 2025.

Os jogadores que se queixaram do regulamento

No início do ano, Andy Murray saiu vitorioso de um jogo épico contra Thanasi Kokkinakis na segunda ronda do Open da Austrália, que terminou com um resultado de 4-6, 6-7, 7-6, 6-3, 7-5 às 4:05 da manhã, após cinco horas e 45 minutos. Após o jogo, o antigo número 1 do mundo expressou o seu descontentamento com o horário, afirmando: "Estamos sempre a falar disso e há anos que se fala nisso. Mas quando se começa os jogos noturnos tarde e se tem condições como estas, estas coisas vão acontecer."

Por outro lado, Rybakina competiu no Open do Canadá, em agosto, contra Daria Kasatkina, numa maratona que durou três horas e 27 minutos, terminando às 2h55 da manhã. "Sinto-me destruída", disse Rybakina, "só por causa do horário e da situação".

Durante a sua participação no Open de Madrid, Iga Swiatek, número 1 do mundo, também se manifestou contra os horários, afirmando: "Não é saudável jogar a essa hora e é algo em que devemos trabalhar, porque vamos ter cada vez mais jogadores esgotados e com problemas físicos".

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