“Sempre acreditei que podia estar lá”: Felix Auger-Aliassime sela a melhor época da carreira e sobe a n.º 5 do mundo

Felix Auger-Aliassime encerrou a sua época após uma dura derrota frente a Carlos Alcaraz, por 2-6, 4-6, nas meias-finais das ATP Finals. Foi a segunda presença de Felix no torneio de final de época, melhorando o resultado de 2022 ao chegar desta vez às meias-finais.

O canadiano pode retirar ensinamentos positivos da campanha em Turim, apesar do desaire claro frente a Alcaraz. O jogador de 25 anos entrou nas ATP Finals à última hora e surpreendeu Ben Shelton e Alexander Zverev na fase de grupos para avançar como segundo apurado do Grupo Bjorn Borg.

O canadiano chegou como 8.º cabeça de série, mas somou pontos importantes graças às duas vitórias, o que lhe permitiu terminar o ano como n.º 5 mundial, o melhor registo da carreira. “Sinto-me de volta ao meu lugar. De volta a um nível em que consigo jogar com mais consistência”, disse Auger-Aliassime em conferência de imprensa este sábado, segundo a ATP Tour. “Estou muito feliz por fazer parte deste torneio, por ter jogado assim nos últimos meses.”

O canadiano fecha uma época impressionante com um registo de 50-24 e 3 títulos, além das presenças na final do Masters de Paris e nas meias-finais do US Open — entre várias outras campanhas profundas, alcançando pelo menos as meias-finais em 11 torneios durante 2025. “É uma grande progressão a que tive este ano. Sempre acreditei, desde miúdo, que a minha ambição era vencer torneios do Grand Slam e ser n.º 1 do mundo.

“Tive altos e baixos, mas, honestamente, no meio de tudo, sempre acreditei que podia lá chegar. Continuo a acreditar hoje. Agora trata-se de fazer as coisas certas para melhorar. Se o fizer, veremos onde isso me leva.”

Auger-Aliassime foi um dos jogadores que mais brilhou na reta final da época. Chegou aos quartos de final em Cincinnati e Xangai, às meias-finais no US Open e conquistou o título em Bruxelas. A final no Masters de Paris, há poucas semanas, deu-lhe o impulso necessário para garantir a vaga em Turim.

Depois de avançar na fase de grupos, defrontou Carlos Alcaraz — pela primeira vez esta época — e acabou derrotado por 2-6, 4-6. O espanhol assinou a quinta vitória consecutiva sobre Felix (fixando o confronto direto em 5-3). “Ele está a servir incrivelmente bem. Fez isso de forma extraordinária”, disse Auger-Aliassime quando questionado sobre o espanhol. “O resto do jogo dele sempre foi bom. Consegue mudar direções com ambos os golpes. Coloca-te sob pressão de forma diferente. Não sabes o que esperar. Joga a uma velocidade muito alta. Acho que isso foi o mais desafiante.”

No final do ano, Auger-Aliassime posiciona-se como um dos nomes que pode ameaçar a dominância de Sinner e Alcaraz em 2026, ou pelo menos como um dos mais próximos. Desde agosto, o canadiano venceu 20 dos 27 encontros — embora cinco das derrotas tenham sido diante de Sinner ou Alcaraz (além de um abandono por lesão).

“Todos são bons. Não posso focar-me só nestes dois”, comentou o novo n.º 5 mundial sobre os finalistas do torneio. “Todos os que estão acima de mim, abaixo de mim, os jovens que estão a surgir. A competição é elevadíssima todos os anos. Podes ter azar. Mas, claro, quando jogo contra estes dois agora, os factos são que estão um nível acima de todos. Sim, vou ter de trabalhar. Nunca tive medo de trabalhar, por isso está tudo bem.”

Auger-Aliassime conclui uma época para recordar, somando mais três títulos ao seu palmarés em Adelaide, Open Occitanie e European Open, além de entrar no Top 5 pela primeira vez.