“Vai conseguir regressar e ser uma força a ter em conta no próximo ano? Talvez” - Jim Courier destaca dois jogadores para desafiar Alcaraz e Sinner em 2026

Carlos Alcaraz e Jannik Sinner continuam a reinar no topo do ténis na transição de 2025 para 2026. A sua dominância em court está à vista nas ATP Finals, com os melhores do mundo incapazes de lhes fazer frente.

Este ano agarraram o ATP Tour com mão de ferro. Tal como em 2024, os quatro Grand Slams foram repartidos entre ambos. Nos 10 torneios ATP em que Sinner competiu, só falhou a final em dois; e as únicas finais que perdeu foram frente a Alcaraz. O espanhol soma oito títulos no ano, mais três do que os cinco de Sinner.

A autoridade de ambos reflete-se no ranking. Alcaraz lidera com 11.050 pontos, Sinner é segundo com 10.000. Alexander Zverev surge em terceiro com 4.960 — um fosso enorme para o duo da frente. O alemão está mais perto do neerlandês Elgin Khoeblal, no 1000.º lugar, do que de Sinner, que é segundo.

Esta mudança foi sublinhada por Mark Petchey no Tennis Channel. Destacou as razões para o fosso, elogiando Alcaraz e Sinner pela capacidade de adaptação. “Eles libertaram-se. Mudaram o jogo na forma como o jogam”, disse Petchey. “O Jim [Courier] voltou a falar disso no comentário — ao longo da época, estiveram dispostos a fazer alterações técnicas grandes e significativas, o que lhes permitiu planear melhor a estratégia.”

Ainda assim, o ténis entra agora em hibernação até janeiro, quando arranca a temporada de 2026. É uma oportunidade de ouro para o pelotão perseguidor encurtar distâncias ou, pelo menos, impedir que o fosso aumente ainda mais. “A beleza deste desporto é que a off-season está mesmo ao virar da esquina e todos têm a oportunidade de ir atrás deles.”

O antigo número um mundial Jim Courier apontou dois nomes em destaque que podem intrometer-se na discussão: Jack Draper e Ben Shelton.

O número um britânico não volta a competir desde que abandonou o US Open devido a uma contusão no úmero. Tinha subido até ao quarto lugar do ranking antes desse contratempo, depois de alcançar duas finais de Masters 1000. “Quem é que vai evoluir? Será o Jack Draper, que jogou tão bem para ganhar Indian Wells e depois teve problemas físicos graves?”, questionou Courier. “Tem estado de fora grande parte da segunda metade da época. Será que vai conseguir voltar e ser uma força a ter em conta no próximo ano? Talvez — veremos.”

Escolheu também o atual número um americano, que recentemente ultrapassou Taylor Fritz nesse estatuto. Qualificou-se pela primeira vez para as ATP Finals após uma época brilhante e com sinais de progresso. Courier voltou a sugerir o jogador de 23 anos, mas manteve reservas quanto à sua capacidade de rivalizar já com a elite. “Será o Ben Shelton, o jogador que venceu o torneio ‘Best of the Rest’ no Canadá, quem vai dar o passo em frente? Não sabemos”, admitiu Courier. “Pode não acontecer — isto pode ser um duopólio durante algum tempo. Mas podemos ter mais alguns jogadores na luta.”

Aconteça o que acontecer e quem quer que se junte ao topo, Courier estará, como tantos adeptos, na expectativa para ver a história desenrolar-se. “Vamos ficar atentos, descobrir e adorar cada minuto”, concluiu.