Novak Djokovic quer usar a sua posição para lutar por melhores condições, especialmente para aqueles que lutam para se sustentar no desporto caro.

Djokovic, 24 vezes campeão do Grand Slam, há muito que manifesta o seu desejo de melhorar as condições da modalidade em termos de direitos e de luta contra o facto de os jogadores menos cotados terem dificuldade em ganhar a vida. Nos últimos anos, fundou a PTPA para atuar como uma espécie de sindicato através do qual os jogadores pudessem lutar pelos seus direitos e responsabilizar a ATP e a WTA.

Muitos jogadores têm dificuldade em manter os custos dos treinos, de uma equipa, do equipamento e das viagens quando não estão classificados entre os melhores do mundo. Recentemente, o jogador n.º 1 da Índia, Sumit Nagal, revelou que estava "apenas a aguentar-se".

"Não tenho nada em poupanças. Estou apenas a aguentar-me, dependendo do meu desempenho nos torneios", disse.

Djokovic partilha ideias sobre a situação financeira do desporto

Numa entrevista recente à ESPN, Djokovic recordou o tempo em que se encontrava na mesma situação que os jogadores que agora estão menos bem colocados no ranking e como algumas coisas podiam ser melhoradas para facilitar a manutenção de uma carreira no ténis.

"Estive na pele deles, compreendo a luta. Compreendo as dificuldades de pagar as despesas de deslocação se não se tem o apoio de uma federação forte, que 90% ou mesmo mais dos jogadores de todo o mundo não têm, e de não ter orçamento para pagar a treinadores e fisioterapeutas."

"Vindo da Sérvia, não tinha nada disso. Agora tenho influência, tenho poder e quero lutar por melhores condições.", disse a superestrela do ténis.

"Falamos tanto do dinheiro que os vencedores do US Open ganham, mas não falamos do número de jogadores, homens e mulheres, individuais, duplas, todos juntos, profissionais que vivem deste desporto."

"São menos de 400 jogadores no máximo para um desporto que é super global e que é um dos desportos mais vistos do planeta. Isso é mau. É um fracasso para o nosso desporto", afirmou.