Maryna Zanveska partilhou o seu choque com a devastação causada pela guerra na Ucrânia, depois de ter regressado a casa, em Odessa, após a sua reforma do ténis profissional no início deste mês.

Zanevska nasceu em Odessa, a terceira cidade mais populosa da Ucrânia, conhecida pelo seu importante porto e por ser considerada Património Mundial da UNESCO. A jogadora de 30 anos representou a Ucrânia de 2009 a outubro de 2016, altura em que se transferiu para a Federação Belga de Ténis.

Até recentemente, Odessa tinha sido deixada em paz desde que a Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022, devido a um acordo mediado pelas Nações Unidas para permitir a passagem segura de carregamentos de cereais através do Mar Negro. No entanto, a Rússia abandonou o acordo recentemente e iniciou um ataque em grande escala à cidade no dia 24 de setembro.

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Zanevska com "muito medo" na primeira noite de regresso a casa

Zanevska retirou-se do ténis devido a uma lesão nas costas com que se debateu nos últimos quatro anos. A campeã de pares do Roland Garros de 2011 anunciou a sua decisão antes do US Open deste ano no Instagram.

"Chegou a altura de dizer adeus ao ténis por agora. Tenho lutado contra dores nas costas nos últimos 4 anos e cheguei a um ponto em que não consigo dar ao ténis o que é necessário para ser competitiva ao mais alto nível deste desporto extremamente difícil e exigente. Decidi jogar o US Open como o meu último torneio antes de me afastar da minha carreira", escreveu.

Jogou o último jogo da sua carreira em Flushing Meadows contra a Bielorrussa Aryna Sabalenka, perdendo em dois sets. Apesar de ter jogado pela Bélgica, Zanevska seguiu a orientação política dos jogadores Ucranianos desde o início da guerra quando defrontam adversários Russos ou Bielorrussos em torneios, não apertando a mão de Sabalenka após o jogo.

Depois de se reformar, Zanevska regressou a Odesa no momento em que a Rússia começou a atacar a cidade, deixando um rasto de devastação.

A jogadora partilhou a experiência horrível na sua história do Instagram, escrevendo:

"Então... A minha primeira noite em casa, em Odessa. Estava tão assustada que hoje tenho dores em todo o corpo. Estou chocada com a forma como as pessoas se habituam... Como?"