Elina Svitolina continua a rejeitar apertar a mão de jogadoras russas e bielorrussas: "Sinto que estou a jogar por todo o meu país"

Elina Svitolina reiterou, numa entrevista à CNN, que vai continuar a lutar pelo seu país e que não vai apertar a mão aos jogadoras russas e bielorrussas na época de 2024.

Svitolina foi mesmo vaiada nalguns momentos após recusar a apertar a mão de Victoria Azarenka, Aryna Sabalenka e Daria Kasatkina, com a última a opôr-se à guerra e o duo a respeitar-se mutuamente. Mas foi um tema pesado o regresso de Svitolina, apesar da sua excelência no court.

"Cada vez que entro em campo, sou apresentada como tenista ucraniana e sinto que estou a jogar por todo o meu país", diz Svitolina à CNN.

"Desde a invasão, houve uma grande mudança", continuou.

A notícia sobre a participação de jogadores russos e bielorrussos nos Jogos Olímpicos levou muitos fãs a pensar em Svitolina. Mas a ucraniana admite que tem mais preocupações do que isso.

"A minha posição continua a ser a mesma, ou seja, não acho que eles devam continuar a jogar pelo seu país", disse. "Mas, neste momento, o meu objetivo é ajudar as pessoas. Temos de encarar a situação como ela é neste momento e concentrarmo-nos no que podemos controlar: concentrarmo-nos em algumas angariações de fundos, em alguns eventos para os quais podemos angariar fundos, para as crianças e para a Ucrânia."

Entre as preocupações adicionais contam-se os amigos e a família na Ucrânia, que visita sempre que pode enquanto está fora do país com o marido, Gael Monfils.

"Tenho muitos amigos que pegaram em armas e foram para a linha da frente, que estão a servir o país", diz Svitolina. "Estou muito orgulhosa de tudo o que eles estão a fazer pela Ucrânia. A minha família está em segurança; metade da minha família está fora da Ucrânia neste momento e a outra metade ainda lá está. Vou visitá-los quando tenho oportunidade.

"Estou muito surpreendida e orgulhosa do espírito que todos os ucranianos têm demonstrado nestes tempos difíceis. Diariamente, enfrentam mísseis, enfrentam muitos momentos assustadores... e continuam a trabalhar, continuam a ajudar-se uns aos outros", acrescenta.

Mudança de prioridades

Mas isso também significa que as prioridades de Svitolina mudaram para deixar um legado acima de ganhar títulos do Grand Slam, que ela ainda tem em mente, mas ao lado de assuntos fora do court.

"É claro que quero ganhar um Grand Slam", diz Svitolina, "mas agora sinto que as prioridades mudaram muito depois de ter dado à luz Skaï e de ter outros objetivos também com a UNITED24, com a minha fundação. Sinto que as prioridades mudaram um pouco. Quero jogar, quero ganhar; quero ganhar todos os jogos [quando] entro em campo. Mas, neste momento, também tento desfrutar, tento aproveitar todo este percurso que tenho e não colocar demasiada pressão sobre mim própria."

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