“Foi ele a liderar”: Iga Swiatek revela detalhes da dança com Sinner no jantar dos campeões de Wimbledon

Iga Świątek ainda não encerrou a temporada de 2025, já que disputa este fim de semana os play-offs da Billie Jean King Cup com a equipa da Polónia. A n.º 2 mundial fecha assim um ano marcado pelo título em Wimbledon — o 6.º Grand Slam da carreira e o primeiro na relva de SW19.

Foi, sem dúvida, um dos momentos que definiram o ano de Swiatek, ao quebrar um período de irregularidade, depois de mais de um ano passado desde a incrível campanha na terra batida de 2024, que culminou com o título em Roland Garros. A sua campanha de 2025 na terra ficou aquém das expectativas e desceu no ranking após vários torneios onde não conseguiu defender o título, incluindo em Paris.

Assim, Swiatek chegou à época de relva com a confiança abalada, aparentemente um passo atrás de outros nomes que brilharam na terra, como Aryna Sabalenka ou Coco Gauff. “Se alguém me tivesse dito antes o que ia acontecer em Wimbledon este ano, eu não teria acreditado”, confirmou Swiatek em entrevista à Polsat Sport.

A campeã de seis majors destacou Wimbledon como o ponto mais alto da sua temporada, sobretudo pelo momento de baixa confiança que vivia no último ano. “Por isso é que esta época é tão especial para mim, especialmente por causa daquela vitória em Londres”, afirmou. “Foi a realização de um sonho e algo que eu não esperava, por isso estou ainda mais feliz. Joguei lá sem quaisquer expectativas, focada apenas em executar o plano que tínhamos definido e em repetir o que andava a fazer nos treinos.”

Ao contrário de 2024 — quando não disputou quaisquer torneios de relva antes de Wimbledon —, desta vez Swiatek preparou-se no Bad Homburg Open, torneio em que chegou à final e perdeu para Pegula. Foi, no entanto, o prenúncio de confiança renovada após mais de um ano sem alcançar uma final e, em Wimbledon, assinou uma campanha perfeita, culminando com um 6-0, 6-0 sobre Amanda Anisimova na final. “O período de preparação antes de Wimbledon deste ano foi o mais sólido em comparação com anos anteriores, por isso os efeitos foram visíveis de imediato, e vamos preparar Wimbledon da mesma forma nos próximos anos.”

A campanha de Swiatek resultou numa campeã a erguer o seu primeiro troféu de Wimbledon pelo 9.º ano consecutivo. Enquanto a polaca assinou uma final extraordinária contra Anisimova, no dia seguinte, no quadro masculino, Jannik Sinner também conquistou o seu primeiro Wimbledon, derrotando o bicampeão em título Carlos Alcaraz em quatro sets.

Como manda a tradição, Swiatek e Sinner participaram no Champions Dinner no All England Lawn, onde desfrutaram da tradicional Champions' Dance, em que os campeões masculino e feminino dançam juntos na festa de encerramento do evento.

“Acho que ele estava muito descontraído por várias razões”, comentou Swiatek sobre a sua dança com Jannik Sinner. “Também tentei desanuviar o ambiente e fui-lhe contando piadas ao ouvido, mas foi ele a guiar. Tentei adaptar-me, porque é assim que deve ser na dança. Ambos sabíamos que não íamos tentar nada complicado, por isso gostei imenso e espero que haja oportunidade de repetir um dia.”

A campeã de seis majors terminou a fase principal do ano com uma eliminação precoce nas WTA Finals, caindo na fase de grupos com uma vitória e duas derrotas. Completou um total de 79 encontros esta temporada — 62 vitórias e 17 derrotas, três títulos e mais de 10 milhões de dólares em prémios.

A polaca tem frequentemente criticado as exigências do calendário e o elevado número de encontros ao longo do ano. De facto, o seu primeiro encontro oficial do ano foi a 30.12.2024, enquanto esta sexta-feira esteve em court a disputar a Billie Jean King Cup — com a presença na final esperada já este domingo no duelo com a Roménia.

Świątek abordou precisamente o elevado número de competições exigido pelo calendário e a dificuldade de manter o nível em todas as provas. “Jogar durante 11 meses significa que haverá torneios mais fáceis e outros em que cada treino é uma luta e só tentas tudo para estares pronta para o primeiro jogo.”

“Procuro ter boas pessoas à minha volta, que me recordem a perspetiva e que me saibam dizer coisas que me ajudem a lembrar porque comecei a jogar ténis e a alegria que isto pode dar quando não estás focada nas expectativas ou apenas em vencer ou ganhar pontos para o ranking.”