Jogadoras continuam a insistir para que a WTA cumpra as suas exigências numa carta que ainda aguarda resposta: "É hora de mudar"

Jogadoras de topo da WTA, como Aryna Sabalenka, Elena Rybakina, Ons Jabeur e Marketa Vondrousova, continuam a insistir na mudança, apesar de ainda estarem à espera de uma resposta à sua carta.

Muitas das 20 melhores jogadoras da WTA têm estado envolvidas na tentativa de melhorar as condições do circuito, incluindo um calendário de torneios mais flexível, salários mais altos e melhores medidas para o acolhimento de crianças e doenças.

Depois de reuniões e discussões no Open da China no início deste mês, divulgaram uma carta a 5 de outubro em que detalhavam as suas exigências e pediam à WTA "uma resposta escrita e substantiva a esta carta e a cada uma das melhorias solicitadas, com um compromisso claro por parte da WTA de resolver as questões acima referidas até sexta-feira, 13 de outubro".

Jogadoras pedem representação da PTPA

Uma das principais reivindicações era a representação oficial da Associação de Tenistas Profissionais (PTPA) no Conselho de Jogadores da WTA. A organização independente foi fundada por Novak Djokovic e Vasek Pospisil, com o objetivo de "salvaguardar e apoiar os jogadores de ténis profissionais masculinos e femininos em todo o mundo".

Também incluiu um pedido de pagamento garantido de $500.000 para as jogadoras classificadas no Top 100 do ranking mundial, bem como $200.000 para as jogadoras classificadas entre 101 e 175 e $100.000 para as jogadoras classificadas entre 175 e 250. Além disso, a carta solicitava à WTA que concedesse uma indemnização às jogadoras que não pudessem jogar devido a lesão ou por terem um filho.

No entanto, apesar de terem pedido uma resposta à sua carta até 13 de outubro, os jogadoras ainda não ouviram nada à medida que o mês se aproxima do fim. Em consequência, o Diretor Executivo da PTPA, Ahmad Nassar, enviou uma carta ao Diretor Executivo da WTA, Steve Simon.

Nassar revelou que Simon lhe tinha dito que os dirigentes da WTA queriam comunicar com as jogadoras sem influências externas, como treinadores ou agentes, tendo Nassar argumentado que o próprio circuito é uma influência externa.

"A realidade é que o circuito e os torneios são, de facto, influências externas com interesses opostos aos dos jogadores... a PTPA representa o grupo de jogadores e apenas esses", escreveu.

Acrescentou ainda que a falta de resposta da WTA à carta das jogadoras "reforça a perceção da falta de vontade de se envolver e inovar de forma significativa".

A número 2 do Mundo e quatro vezes campeã do Grand Slam, Iga Swiatek, também escreveu uma carta à WTA, com a sua porta-voz Paula Wolecka a dizer que faz parte de uma "frente unida que deseja uma verdadeira mudança".

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