O antigo treinador de Serena Williams, Patrick Mouratoglou, lançou luz sobre uma perceção interessante no mundo do ténis: a ideia de que ganhar um Grand Slam é mais significativo para os tenistas do que triunfar nos Jogos Olímpicos.
Mouratoglou atribui esta diferença de avaliação à falta de uma relação histórica forte entre o ténis e os Jogos Olímpicos. Numa época em que o ténis compete pela atenção dos atletas, é importante compreender porque é que alguns vêem os Grand Slams como o auge do sucesso.
A desconexão histórica entre o ténis e os Jogos Olímpicos.
Patrick Mouratoglou argumenta que a falta de uma associação histórica entre o ténis e os Jogos Olímpicos levou muitos tenistas a subestimar a importância de ganhar uma medalha olímpica. Ao longo dos anos, o ténis tem tido uma relação de vai e vem com os Jogos Olímpicos. Inicialmente, o ténis fazia parte dos Jogos, depois foi retirado e finalmente reintroduzido. Esta falta de continuidade histórica contribuiu para a perceção de que os Grand Slams têm muito mais valor.
"Não existe uma verdadeira relação entre o ténis e os Jogos Olímpicos. Muitos tenistas não acham que seja um evento tão importante para o ténis", diz Mouratoglou.
Mouratoglou sublinha igualmente a importância dos torneios do Grand Slam e do Masters 1000 no mundo do ténis. Estes eventos são considerados o auge do desporto e têm um impacto significativo nas classificações dos jogadores. Ganhar um Grand Slam é um feito extraordinário e um dos maiores objectivos dos tenistas de elite.
"Todos os anos temos os Masters 1000, que são extremamente importantes porque a nossa classificação depende deles, especialmente para as melhores jogadoras. Temos os Grand Slams, que são instituições incríveis", disse Mouratoglou.
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Os Jogos Olímpicos em comparação.
Mouratoglou também aborda a perspetiva dos tenistas sobre os Jogos Olímpicos, que se realizam de quatro em quatro anos. Em comparação com os Grand Slams e os Masters 1000, os Jogos Olímpicos podem parecer menos importantes em termos de ténis. As tenistas concentram-se sobretudo no seu sucesso nos torneios regulares e consideram os Jogos Olímpicos como eventos menos importantes no calendário.
"Os Jogos Olímpicos parecem pequenos, não como evento, mas como ténis, em comparação com os Grand Slams", diz Mouratoglou.
Mouratoglou conclui que a relação entre o ténis e os Jogos Olímpicos precisa de mais tempo e de uma história mais rica para mudar a perceção das tenistas. À medida que os Jogos Olímpicos continuam a desenvolver-se e a integrar-se mais estreitamente no mundo do ténis, é possível que as tenistas comecem a valorizar mais estas competições.
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A história de Serena Williams nos Jogos Olímpicos
Para realçar a importância dos Jogos Olímpicos no ténis, é pertinente recordar o êxito de Serena Williams nestas competições. Em quatro Jogos Olímpicos, Serena ganhou quatro medalhas de ouro, o que demonstra que as medalhas olímpicas continuam a ser um feito significativo para os tenistas de elite, apesar da perceção generalizada.
Na sua primeira participação nos Jogos Olímpicos, em 2000, Serena Williams ganhou uma medalha de ouro em pares com a sua irmã Venus. Depois, em 2008, ganhou outra medalha de ouro em pares e uma medalha de ouro na competição individual. Finalmente, nos Jogos Olímpicos de Londres 2012, defendeu com sucesso o seu título de pares ao lado de Venus e ganhou outra medalha de ouro na competição de singulares.
Estas conquistas de Serena Williams sublinham que, embora as jogadoras de ténis possam considerar os Grand Slams como o pináculo do sucesso, as medalhas olímpicas continuam a ser uma conquista de prestígio no mundo do ténis.
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