Madison Keys,
Jessica Pegula, Desirae Krawczyk e
Jennifer Brady sentaram-se no seu podcast,
The Player's Box, para partilhar impressões, rever as suas campanhas e destacar os melhores momentos de uma temporada longa, mas intensa, no WTA Tour.
Análise às WTA Finals
Primeiro, falaram das recentes
WTA Finals, em que Keys e Pegula competiram em singulares, enquanto Krawczyk entrou em ação nos pares. As WTA Finals já lá vão e o grande tema que as quatro retiraram foi a doença que se espalhou pelo torneio. Krawczyk contou como conseguiu evitá-la. “Houve literalmente um momento em que entrei na sala de fisioterapia e disse: ‘Ouvi dizer que há pessoas doentes.’ E responderam: ‘Quem é que não está doente?’ E eu: ‘Ah, tirem-me daqui.’ Depois meteram tipo seis saquetas de vitamina C numa garrafa pequena de água. Perguntei quantas devia usar e ela continuou a despejar e disse: ‘Toma’.”
Keys não teve a mesma sorte e faltou ao último jogo da fase de grupos por se sentir indisposta. “Comecei a ficar doente e disse: ‘Jess, afasta-te de toda a gente. Não te aproximes de ninguém’, porque estávamos todas a morrer”, contou Keys, num registo de amiga protetora.
“Sim, não foi bom”, acrescentou Pegula. “É uma chatice quando isso acontece — sobretudo num torneio onde se propaga facilmente. Estamos todas a comer juntas, a bater bolas, a treinar, a usar o ginásio. Foi um balde de água fria.”
Apesar disso, o público foi um enorme ponto positivo para Pegula, Keys e Krawczyk ao competir em Riade. “Fizeram-me muitas perguntas sobre isso na conferência de imprensa e disse que foi muito diferente do ano passado”, explicou Pegula. “No ano passado, parecia que as pessoas não sabiam bem como torcer porque nunca tinham tido ténis ali. Mas este ano já se sentiu muito mais como uma verdadeira multidão — cânticos, pessoas a gritar nomes, aplaudir, e até diferentes secções de adeptos consoante quem apoiavam. Foi giro ver essa mudança em relação ao ano passado — espero que signifique que o ténis está a crescer um pouco mais nesta região do mundo.”
Keys revive triunfo do Grand Slam
Foi fácil para Keys escolher o momento do ano: “Provavelmente o Australian Open. Voltar para casa com a Daphne foi super divertido. Tive um ótimo início de época. Acho que foi a temporada com mais vitórias da minha carreira, a que mais pontos somei. Alcancei um novo máximo — n.º 5 do mundo — depois a Jess voltou a ultrapassar-me, o que foi irritante, mas pronto. Tive de suar tudo na Ásia e na China.”
“Ganhar um Slam é muito mais do que um ano ‘surpreendentemente bom’. É aquilo com que as pessoas sonham”, reagiu Pegula, ainda em busca do primeiro major.
Madison Keys venceu o Open da Austrália 2025
Pegula quis saber qual tinha sido o ponto de viragem. Keys apontou o Adelaide International. “Honestamente, sim. Joguei com a Beatriz Haddad Maia na primeira ronda em Adelaide e a bola parecia uma melancia — joguei a um nível irreal.” Depois revelou uma mensagem que recebeu de Pegula. “Essa semana embalou e, depois da final, recebi o texto hype da Jess. Ela disse: ‘Vais ganhar o Australian Open.’”
“Eu estava tipo: ‘Estás a jogar tão bem.’ Pelo menos não a agoirei”, admitiu Pegula. O azar recaiu sobre si depois de Brady lhe ter enviado uma mensagem antes de Roland Garros. “Enviei! Foi mesmo a seguir a Roland Garros. Disse: ‘Vais estar fresca como uma alface’”, contou Brady. “A Jess respondeu-me logo a seguir: ‘Jenny, nunca mais digas que vou ganhar Wimbledon.’”
Pegula em destaque na digressão asiática
A resposta de Pegula foi bem mais recente. “O meu momento ‘uau’ foi provavelmente a digressão asiática — lutar mentalmente através de todos aqueles jogos em três sets, salvar e perder match points, e ainda assim fazer a final em Wuhan para me qualificar para as Finals. Normalmente não jogo tão bem lá, por isso superar isso mentalmente foi grande para mim”, resumiu Pegula.