Alexander Zverev abriu a campanha nas
ATP Finals com uma exibição serena mas resiliente, ao bater
Ben Shelton por 6-3, 7-6(6). O n.º 3 mundial salvou três set points num tie-break de segundo set tenso, somando cinco pontos consecutivos para fechar o encontro. O resultado reforça a sua liderança no Grupo Björn Borg e amplia o domínio no frente a frente com o norte-americano, tendo agora vencido os quatro duelos entre ambos em 2025.
Perante o serviço explosivo de Shelton, Zverev apostou na precisão e na paciência, mais do que na potência. O bicampeão das ATP Finals — coroado em 2018 e 2021 — geriu os momentos-chave com a habitual compostura. “Controlar as coisas que podes controlar, certo? E fazer bem as coisas que podes controlar”, refletiu Zverev. “Ele é alguém que, quando está a servir, joga tudo nos seus termos, de qualquer forma.” Essa disciplina revelou-se decisiva num encontro que podia facilmente ter-lhe fugido.
A capacidade de Zverev para manter a calma perante a adversidade ficou evidente no segundo set. “Sabia que tinha de ser paciente e apenas esperar pelas minhas oportunidades”, explicou. “No tie-break, ele a vencer por 6-3, claro que esse tie-break, em 99% das vezes, vai para ele. Mas estive bem a aguentar e a ganhar os últimos cinco pontos.” A força mental do alemão voltou a fazer a diferença quando a pressão atingiu o pico.
O triunfo é um arranque promissor para Zverev em Turim, onde aponta a um terceiro título. Pela frente estão ainda duelos com o atual n.º 1 mundial, Jannik Sinner, e com o canadiano Felix Auger-Aliassime, ambos ansiosos por travar o embalo do alemão. Para Zverev, as ATP Finals são terreno favorável — um torneio que costuma tirar o melhor do seu ténis quando os riscos são máximos.
“Adoro estar entre os melhores do mundo”: Zverev abraça o ambiente das ATP Finals
Zverev falou com apreço sobre competir entre a elite. “Não, quero dizer, eu gosto mesmo do ambiente. Adoro estar entre os melhores jogadores do mundo. É sempre uma honra”, disse. “Sinto que é sempre um ponto alto da temporada, simplesmente por estar neste ambiente.” Esse sentido de valorização parece alimentar o seu rendimento sob as luzes de Turim.
Em oito presenças nas ATP Finals, Zverev tem mostrado de forma consistente a capacidade para crescer em cenários de alta pressão. “Todos os jogos que disputei aqui, acho que nos oito anos em que joguei, quase todos podiam ter caído para qualquer lado”, observou. “Trata-se de encontrar os golpes certos nos momentos certos.”
A experiência e a adaptabilidade do alemão, de 27 anos, continuam a torná-lo um dos jogadores de indoor mais perigosos do circuito, com 8 títulos nessas condições. À medida que o torneio evolui, a forma e a postura competitiva de Zverev sugerem que continua um candidato sério ao troféu de final de época.
O que aí vem: Sinner e Auger-Aliassime
O triunfo representa um início promissor para Zverev em Turim, onde procura um terceiro título. Os próximos desafios serão frente ao n.º 1 mundial, Jannik Sinner, e ao canadiano Felix Auger-Aliassime, embora ainda tenha de esperar para saber quem enfrenta primeiro. O italiano e o canadiano competem esta segunda-feira nas respetivas estreias, e ‘Sascha’ defrontará o vencedor desse duelo — no qual Sinner surge como claro favorito.
Ainda assim, Zverev terá de estar atento aos resultados dentro do seu grupo, embora a estreia com triunfo em sets diretos lhe dê algum conforto, colocando-o como líder do grupo no arranque do torneio.
O três vezes finalista de torneios do Grand Slam é o jogador mais experiente no quadro das Finals, tratando-se da sua 8.ª presença no torneio, que venceu em 2018 e 2021 (a fonte referia incorretamente 2022), além de ter atingido as meias-finais por duas vezes (2019, 2024). Zverev procura juntar-se aos sete jogadores que já conquistaram pelo menos três títulos nas ATP Finals — lista liderada por Novak Djokovic (7) e Roger Federer (6).