Andy Murray dá uma aula de golfe na sua estreia no Alfred Dunhill Links Championship

O antigo número um do mundo Andy Murray fez um brilharete no Alfred Dunhill Links Championship. O jogador de 38 anos, considerado o melhor jogador britânico da história do ténis na era Open, retirou-se do ténis profissional em 2024 devido a problemas de condição física.

Desde que se retirou do desporto, Murray voltou a sua atenção para o golfe e, nos últimos anos, participou nas duas últimas edições do BMW PGA Championship em Wentworth. De acordo com um relatório publicado pelo meio de comunicação britânico Daily Express, Murray fez uma estreia impressionante no atual Alfred Dunhill Links Championship na Escócia.

Murray fez parceria com o golfista profissional Eddie Pepperell e os dois terminaram o dia de abertura com sete abaixo após os primeiros 18 buracos. Ficaram atrás dos líderes, Jack Senior e Dery Desmond, empatados no 94º lugar e a 10 pancadas. Durante a competição, Murray irá jogar em três campos: Carnoustie, Kingsbarns e St Andrews.

Embora o início impressionante no primeiro dia possa não ter sido suficiente para Murray e Pepperell vencerem a competição, mostrou definitivamente as capacidades de golfe de Murray. Murray, no passado, enquanto jogava no BMWPGA Championship Pro-Am, expressou o seu desejo de jogar no The Open, mas admitiu que ainda não é suficientemente bom para se juntar ao grupo de jogadores que competem a esse nível.

"Não tenho ambições de jogar no Open", disse Murray no início deste ano. "Quero tentar jogar na fase de qualificação regional em algum momento. Alguns dos meus amigos já o fizeram, e seria apenas uma coisa divertida de fazer se chegasse ao nível em que o pudesse fazer, eu fá-lo-ia, mas não creio que tivesse qualquer hipótese de me qualificar para o Open. Tenho plena consciência de quão bons são os jogadores que jogam nesses eventos e de quão bons são os profissionais em comparação com os amadores. Mesmo os tipos que jogam com +2, 3 estão a milhas do que estes tipos são".

Murray, que ganhou três títulos do Grand Slam na sua ilustre carreira, juntou-se surpreendentemente ao seu antigo concorrente, o sérvio Novak Djokovic, como seu treinador depois de se ter retirado do desporto. A decisão surpreendeu muitos, uma vez que os dois competiram ferozmente ao mais alto nível durante mais de uma década, e também porque Murray se tinha retirado recentemente do desporto.

A parceria não correu bem e os dois decidiram terminá-la ao fim de apenas seis meses, na sequência de uma série de maus resultados. Na altura, Djokovic não poupou elogios a Murray, que, segundo ele, era um excelente treinador, principalmente devido à sua capacidade técnica. "Obrigado, treinador Andy, por todo o trabalho árduo, diversão e apoio nos últimos seis meses dentro e fora do court. Gostei muito de aprofundar a nossa amizade juntos", escreveuDjokovic na altura em que os dois decidiram separar-se.

Recentemente, numa entrevista, Murray foi questionado sobre se gostaria de voltar a ser treinador. Em resposta a essa questão, Murray afirmou que só voltaria a ser treinador com uma condição. "Obviamente, com Novak, fiz isso por um período e foi uma grande experiência e uma oportunidade única de o fazer, mas há certas coisas sobre o trabalho", disse Murray na altura. "Se quisermos fazê-lo bem, temos de passar algum tempo na estrada. Se for um jogador britânico que vive em Londres, torna-se mais fácil porque nas semanas de folga, pelo menos, está perto de casa. Mas se for um jogador que vive noutro lugar, isso significa muito tempo longe da família e não tenho interesse em fazer isso neste momento, porque não quero estar longe deles. Penso que, no futuro, provavelmente voltaria a fazê-lo - não é que tenha detestado tanto que não o fizesse. Houve partes de que gostei, mas, por agora, não quero estar na estrada e não quero fazê-lo".