Andy Roddick afirma que Rafael Nadal só quis jogar o Open da Austrália para preparar a terra batida: "Ele quer trabalhar de trás para a frente a partir do Roland Garros"

Segundo o antigo campeão do US Open, Andy Roddick, os esforços de Rafael Nadal para jogar o Open da Austrália foram apenas no sentido de jogar o Roland Garros, com todas as decisões em torno do seu crepúsculo a dirigirem-se para a época de terra batida.

A ressonância magnética de Nadal revelou que o problema nas costas não representa uma ameaça significativa para o futuro, pelo que poderá regressar no Masters de Monte Carlo, no início de abril. Dias depois de se ter retirado do torneio de Indian Wells, Nadal foi visto em casa a limpar a terra batida das sapatilhas o que demonstra que a sua preparação está a decorrer bem.

Tendo em conta as capacidades de Nadal em terra batida, a decisão de jogar em hard court tem sido sempre contestada, com muitos a considerarem estranho o facto de ele ter tentado jogar na Austrália ou em Indian Wells.

Mas Roddick diz que tudo fazia parte de um plano para se preparar para a terra batida e trabalhar de trás para a frente. Tal como Naomi Osaka, trata-se de atingir o pico no momento certo da época e de ter um plano para o fazer, embora, ao contrário da antiga número 1 mundial do WTA, Nadal não tenha tido muitos jogos de preparação. Mas é muito provável que jogue muito durante a época de terra batida, com Monte Carlo, Madrid, Roma e Barcelona a serem o seu percurso provável nos próximos meses antes de Paris, o que significa que será realmente testado fisicamente e que o seu calendário será muito preenchido.

"Ele queria ir até janeiro, fazer alguns jogos de preparação, não porque pensasse que podia ganhar o Open da Austrália, mas é ótimo se descobrir alguma coisa, mas porque ele quer trabalhar de trás para a frente a partir do Roland Garros", disse Roddick.

"Todas as decisões que ele tomou a partir deste momento e, provavelmente, durante 15 meses, foram tomadas com base na possibilidade de jogar Roland Garros, que não se concretizou no ano passado e não o vimos até ao novo ano começar."