“Dei tudo, mas escapou-me”: Ben Shelton reflete após derrota frente a Auger-Aliassime

ATP
quinta-feira, 13 novembro 2025 a 2:30
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O espírito audaz e o serviço estrondoso de Ben Shelton voltaram a iluminar Turim — mas desta vez a vitória escapou-lhe. O norte-americano caiu numa batalha tensa por 4-6, 7-6(7), 7-5 diante de Felix Auger-Aliassime nas ATP Finals, um resultado que deixa as suas esperanças de meia-final por um fio. Apesar do desaire, a energia e a honestidade de Shelton revelaram uma maturidade crescente por trás do seu jogo elétrico.
“Dei tudo o que tinha lá dentro”, admitiu Shelton após o encontro. “Às vezes as margens são brutais. Estive mesmo ali, tive as minhas oportunidades, mas mérito para o Felix — encontrou forma de elevar o nível quando mais importava.”
Durante grande parte do duelo, o serviço canhoto explosivo e a direita destemida de Shelton ditaram o ritmo. Agarrou o primeiro set e criou oportunidades no segundo, mas a resiliência do adversário — aliada a alguns erros em momentos inoportunos — virou o rumo. Ainda assim, o jovem de 22 anos recusou deixar que a frustração obscurecesse a sua combatividade. “Isto é ténis — um ou dois pontos podem mudar tudo. Tens de aguentar o golpe e seguir em frente”, afirmou.
A derrota foi a segunda na fase de grupos, deixando-lhe um caminho complexo rumo às meias-finais. Shelton precisa agora que Alexander Zverev vença Jannik Sinner e Auger-Aliassime, além de ele próprio derrotar Sinner em sets diretos. “Sei o que a matemática diz, mas o meu foco é simples — aparecer para o próximo jogo e jogar o ténis que me trouxe até aqui”, assinalou.

Manter a positividade em plena frustração

Mesmo na derrota, a postura de Shelton após o encontro refletiu uma autoconsciência em crescimento. O norte-americano, frequentemente expansivo em court, falou com calma sobre a gestão de expectativas na sua estreia nas ATP Finals. “Não podes deixar que uma derrota defina a tua semana. Cada jogo aqui é uma lição, e sinto que ainda estou a aprender o que é preciso para ganhar a este nível”, explicou.
Reconheceu também que fechar encontros continua a ser uma área chave a melhorar — algo que separa a elite do circuito daqueles que ainda procuram consistência. “Há uma razão para estes jogadores estarem aqui. O Felix jogou muito bem sob pressão. Tenho de aprender a lidar melhor com os momentos apertados — faz parte do processo”, disse Shelton.

Olhos em Sinner e no quadro mais amplo

De olhos no que segue, Shelton sabe que o último jogo do grupo, frente ao favorito da casa Jannik Sinner, será simultaneamente desafio e oportunidade. Embora a qualificação pareça improvável, quer terminar em alta. “Jogar contra um tipo como o Jannik, perante o seu público — é o que se sonha. Vou simplesmente desfrutar desse ambiente e competir o mais duro que puder”, referiu.
Independentemente de como termine a sua campanha de estreia, Shelton acredita que esta semana servirá de alicerce para a próxima fase da carreira. “É aqui que te testas, física e mentalmente. Estas experiências vão render — mesmo as mais duras”, concluiu.
Com tudo muito apertado no ranking entre o n.º 5 e o n.º 9, a diferença entre ganhar e perder no último jogo pode ser significativa. Sinner procurará dar continuidade à sua campanha na perseguição ao n.º 1 no final do ano, enquanto Shelton mantém viva a possibilidade de terminar no Top 5 e como n.º 1 norte-americano — ou, pelo menos, impedir que Fritz se adiante e evitar perder terreno no ranking ATP a caminho de 2026.
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