Novak Djokovic continua a sua impressionante campanha no
Shanghai Masters, alcançando as meias-finais após uma vitória em sets diretos sobre
Zizou Bergs (6-3, 7-5). O número 1 do mundo está agora a apenas duas vitórias de conquistar mais um título na China, onde já conquistou quatro coroas. O sérvio, que tem lutado contra pequenos problemas físicos ao longo da semana, vai enfrentar o surpreendente semifinalista Valentin Vacherot.
Quando lhe perguntaram se a sua vitória nos quartos de final parecia fácil, Djokovic foi rápido a rejeitar essa ideia. Expressou um profundo respeito pelo seu adversário e admitiu que, apesar das aparências, o encontro foi tudo menos simples. "O jogo de hoje pode ter parecido fácil para ti, mas garanto-te que não foi fácil. Não há vitórias fáceis a este nível. Zizou Bergs jogou um ténis incrível durante todo este torneio. Penso que seria uma falta de respeito para com ele chamar-lhe uma vitória fácil", afirmou.
Djokovic também partilhou que tem tido vários problemas físicos durante o torneio, embora a sua condição pareça estar a melhorar. "A minha perna sentiu-se bem hoje. Parece que está sempre a acontecer alguma coisa com o meu corpo em quase todos os jogos que disputo neste momento. Há outros problemas com que estou a lidar todos os dias e espero que tudo melhore à medida que o torneio avança. Tenho um dia de descanso antes da minha semifinal, o que é muito positivo. Vou voltar com a atitude certa e a intenção de ganhar", disse confiante.
Mesmo após anos de domínio e inúmeros troféus, Djokovic continua a encontrar momentos que o emocionam. Quando lhe perguntaram se algo ainda o surpreende no ténis, ele reflectiu sobre uma das suas maiores fontes de inspiração. "Diria que o Centre Court de Wimbledon. Entrar naquele court é uma sensação diferente de qualquer outra. Sei que a maioria dos jogadores sonha em jogar e ganhar ali, por isso considero-me um privilegiado por ter levantado aquele troféu várias vezes", explicou Djokovic.
Um laço especial com a China
O 24 vezes campeão do Grand Slam chegou a 10 semifinais em 11 participações no Masters de Xangai - um recorde inigualável que destaca seu conforto em competir na China. Djokovic reconheceu que o público local tem desempenhado um papel essencial no seu sucesso. "Não é segredo que adoro jogar na China. O apoio do público faz-me sentir muito confortável; eleva a minha moral. Quando nos sentimos com pouca energia no campo, eles levantam-nos", comentou.
O jogador admitiu que a energia foi um desafio para ele esta semana, mas o entusiasmo dos adeptos foi decisivo. "Tive um pouco de dificuldade com o meu nível de energia. Sempre que surge uma oportunidade, o público sente-o e começa a aplaudir-me. Ouço aquele barulho, aqueles gritos, e essa energia serve-me de folego. Estou a gostar. Por mais que esteja a sofrer, ao mesmo tempo, gosto de jogar em frente a este público", disse Djokovic.
O objetivo do torneio?
Um dos pontos altos do jogo aconteceu no final do segundo set, quando Djokovic produziu uma extraordinária jogada defensiva, salvando cinco golpes antes de virar o ponto. Já foi descrito como um dos melhores pontos do ano. O sérvio, no entanto, brincou sobre o facto de preferir rallies mais curtos atualmente. "Honestamente, neste momento prefiro trocas de bola mais curtas", riu-se. "Especialmente naqueles momentos do jogo. Estava 30-0, perdi o meu serviço quando estava a servir para a partida; depois ele estava 30-0, e eu consegui empatar. Consegui ler o serviço dele... Devo dizer que a última defesa que fiz naquele ponto, em que a bola praticamente me bateu, não sei como a fiz, sinceramente.
"Estava apenas a tentar dar-me uma oportunidade de ficar no ponto. Sim, provavelmente acabou por ser o ponto fulcral do encontro."
Enquanto Djokovic se prepara para o seu próximo jogo contra Vacherot, continua a ser um dos mais fortes favoritos ao título, mesmo admitindo que o seu corpo não está a 100%. A sua vontade, precisão e ligação com o público continuam a alimentá-lo enquanto persegue mais um título na China.