“Não ter pontos fracos faz toda a diferença”: Alcaraz e Sinner varrem os quatro Grand Slams de 2026? Não apostem contra, dizem Petchey e Courier

ATP
sábado, 15 novembro 2025 a 00:00
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Carlos Alcaraz vs Jannik Sinner, também conhecido como Sinalcaraz, voltou a prender a imaginação do mundo do ténis. Com apenas 22 anos, conquistou o seu sexto major, incluindo um segundo título no US Open, consolidando o estatuto de um dos jogadores definidores da sua geração.
Mas está longe de ser o único a moldar esta era. Do outro lado da rede está Jannik Sinner — um rival cuja consistência e evolução continuam a levar Alcaraz a novos patamares, incluindo esta semana nas ATP Finals.
A rivalidade entre Alcaraz e Jannik já é comparada a alguns dos grandes duelos da história do ténis. “As rivalidades acabam por definir eras, não é?” questiona o comentador Mark Petchey. “Tivemos o Fogo e Gelo com Björn Borg e John McEnroe. Depois os Big Four, que duraram uma eternidade. Agora, temos estes dois. Mas evito comparar esta rivalidade a qualquer outra — é o ladrão da alegria. Precisamos de os celebrar pelo que estão a fazer.”
E o que estão a fazer é notável. Jim Courier destaca a completude técnica e a fortaleza mental. “Não ter fraquezas ajuda muito a ser o melhor”, observa. “Tanto Alcaraz como Jannik trabalharam para fechar qualquer lacuna nos seus jogos. Sinner evoluiu bastante, enquanto Alcaraz foi mais equilibrado desde cedo. A consistência de ambos está a níveis incríveis.”

Não aposte contra o pleno

O que torna esta rivalidade tão cativante não é apenas o talento individual, mas a forma como se elevam mutuamente. “Obrigam-se a retocar os seus jogos durante semanas,” explica Courier. “Fazem sparring contra outros adversários, treinam táticas específicas um para o outro. E isto é apenas o início da rivalidade — já tem sido incrível.”
A força mental de Sinner tem sido um destaque do último ano. Depois de desperdiçar três match points na final de Roland-Garros, reagiu em Wimbledon com uma exibição que Courier descreve como “um dos momentos seminais do ano”. Ainda assim, Sinalcaraz continua a dominar o confronto direto, vencendo sete dos últimos oito duelos e liderando por 10–5 no head-to-head.
Olhando em frente, a possibilidade de Alcaraz e Sinner limparem os quatro majors numa época é bem real. Diz Courier: “Eu não apostaria contra isso. Estes jogadores vão chegar longe nos torneios, mas quem vai passar? Não sabemos. Podem surgir lesões? Não sabemos. Mas, neste momento, somam oito seguidos.” A última vez que se viu domínio semelhante em épocas consecutivas foi com Federer e Nadal em 2006–07, seguido da ascensão de Djokovic em 2008.
Petchey partilha do entusiasmo pelo futuro. “Há uma boa hipótese de isto continuar,” afirma. “O ténis regenera-se rapidamente. Toda a gente achava que Roger, Rafa, Novak e Andy eram o fim da linha, mas esta nova era chegou e é entusiasmante de ver.” Aponta subtilezas no duelo Sinalcaraz–Jannik, como o uso contido do backhand cruzado em paralelo de Sinner na final do US Open, a mostrar a profundidade estratégica que já existe.
Mesmo com este domínio a dois, há novos candidatos à espreita. “Vai aparecer alguém que sai do pelotão,” prevê Petchey. “Pode ser um jogador sem cicatrizes, sem medo, sem histórico de derrotas — alguém como João Fonseca, capaz de jogar em modo lights out desde o primeiro momento. É isso que torna os próximos anos tão excitantes.”
Alcaraz, dois anos mais novo do que Jannik e já com mais dois títulos do Grand Slam, é um sinal de como o panorama do ténis masculino está a evoluir. A rivalidade entre ambos é mais do que uma série de jogos — é uma aula magna de técnica, estratégia e resistência mental, prometendo anos de ténis cativante.
Enquanto o mundo do ténis observa, uma coisa é certa: Alcaraz e Sinner já começaram a definir uma nova era — uma era de brilhantismo, resiliência e uma rivalidade que será lembrada durante décadas.
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