Tsurenko critica reação da WTA à guerra na Ucrânia e apela à clarificação do estatuto de atleta neutro

A jogadora Ucraniana Lesia Tsurenko apelou à WTA para que proíba as bandeiras Russas nos torneios e clarifique o estatuto dos Russos e Bielorrussos que competem como atletas neutros.

A número 46 do Mundo comentou o assunto após a sua derrota para a atleta neutra Veronika Kudermetova no WTA Open da China, em Pequim. As jogadoras destas duas nações têm competido com um estatuto de neutralidade desde a invasão Russa à Ucrânia, que é apoiada pela Bielorrússia, em fevereiro de 2022.

"Quanto à utilização de bandeiras, à popularização dos jogadores, às páginas nas redes sociais, tudo foi discutido mais do que uma vez", disse Tsurenko, segundo o TASS, a agência noticiosa oficial da Rússia.

Tsurenko critica a reação da WTA à invasão 

Tsurenko criticou ainda a reação da WTA e acusou-a de ignorar as jogadoras Ucranianas.

"Infelizmente, na maioria dos casos, não nos ouvem, não nos querem ouvir, o que é muito surpreendente para mim. Especialmente quando se trata de bandeiras, porque houve muitas situações deste género.

"Não podiam mesmo retirar completamente as bandeiras, porque estavam nos torneios e nas cerimónias de sorteio. O que é que eu posso dizer? Isto é a WTA, isto explica tudo", disse ela.

A jogadora de 34 anos também pediu à WTA que esclarecesse os pormenores sobre o significado de atletas neutros.

"Seria bom que esclarecessem as características deste estatuto em que se encontram os chamados atletas neutros, o que está implícito", continuou.

Esta não é a primeira vez que Tsurenko, oriunda de Volodymyrets, na Ucrânia, critica a forma como a WTA está a lidar com a situação. Antes do Roland Garros deste ano, afirmou que o Diretor Executivo da WTA, Steve Simon, lhe disse para não se chatear se alguns dos seus colegas da Rússia ou da Bielorrússia apoiassem a guerra no seu país. Segundo ela, este comentário levou-a a ter um "ataque de pânico".

Tsurenko acusou ainda a WTA e o Comité Olímpico Internacional de "só olharem para o desporto na perspetiva dos direitos humanos da Rússia e da Bielorrússia e ignorarem as violações dos direitos dos Ucranianos".

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