Steve Simon vai abandonar o cargo de CEO do WTA e a próxima pessoa no cargo deverá ser uma mulher

Steve Simon, vai abandonar o seu cargo de diretor executivo do WTA Tour com a preferência de encontrar uma sucessora após a semana atribulada em Cancún no WTA Finals que viu o CEO e presidente desde 2015 sob enorme escrutínio.

A número 1 do Mundo na altura, Aryna Sabalenka, disse que se sentiu "desrespeitada" pela forma como o evento foi organizado. Martina Navratilova, 18 vezes campeã de singulares do Grand Slam, considerou que era altura de uma nova liderança.

Preferencialmente, uma mulher para suceder a Simon

"Vai ser difícil para Steve manter-se no cargo, porque tudo está a apontar para a outra direção neste momento", disse Navratilova à Amazon Prime. Mas Simon não deixará totalmente a WTA, pois tornar-se-á Presidente Executivo assim que a sucessora for nomeada.

Em declarações à BBC Sport, Simon disse: "No verão passado, partilhei com a direção da WTA a ideia de que, para que a WTA se mantenha na vanguarda dos desportos femininos, temos de proceder a uma revisão completa da nossa estrutura organizacional".

"Por isso, não estão ligados a nada do que aconteceu em Cancún nem a perceções de que os anos não foram os mais fáceis."

"Penso que é do melhor interesse da organização, porque cresceu muito nos últimos oito anos. O papel combinado - vai começar a faltar algumas coisas, há poucas horas no dia", conclui.

O dirigente disse que espera manter a confiança das jogadoras. "Se olharmos para a forma como o negócio está a crescer e como tudo está a progredir, espero bem que sim", afirmou. "Obviamente, descobriremos à medida que continuarmos a avançar."

Isto apesar de uma carta enviada à WTA criticar abertamente o calendário longo, a cobertura da maternidade e o facto de não se ganhar um salário digno por se jogar no top 100 e de se obter cobertura por perda de rendimentos.

Embora o desejo de Navratilova de ter uma candidata seja, aparentemente, a expetativa. "Penso que a nossa preferência é que encontremos uma candidata - penso que faz sentido. Penso que seria no melhor interesse a longo prazo da organização, sim".