Tenista ucraniano pede desculpa após aperto de mão polémico a adversária russa no Open da Austrália

WTA
quarta-feira, 24 janeiro 2024 a 18:30
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A jogadora de ténis ucraniana que foi alvo de críticas por ter apertado a mão à sua adversária russa no Open da Austrália foi forçada a pedir desculpa num comunicado divulgado pelo seu pai através da Federação Ucraniana de Ténis.
Yelyzaveta Kotliar apertou a Vlada Mincheva após a primeira ronda do torneio de singulares de juniores, no início desta semana, apesar de ser comum as ucranianas evitarem apertos de mão a russas e bielorrussas devido à guerra na Ucrânia. A federação ucraniana iria supostamente investigar o caso e não acreditava que Kotliar tivesse cometido um erro, mas entretanto voltou atrás e partilhou uma explicação do pai da acusada, após o incidente.
"A Liza tem apenas 16 anos, não tem experiência real de jogar em competições tão importantes como os torneios do Grand Slam, o topo do ténis profissional e júnior", pode ler-se.
"O ambiente aqui é extraordinário, o que por si só coloca muita pressão sobre os atletas. No início da carreira, é difícil lidar com isto e não ficar nervoso."
"Infelizmente, a minha filha não se sentia calma, as suas emoções estavam ao rubro, por isso não controlou totalmente o seu comportamento. Cumpriu o ritual pós jogo de forma automática, apertando a mão à adversária, sem se aperceber que atrás da rede estava uma representante do país que tinha atacado a nossa pátria."

"Foi definitivamente um erro de que a Liza se arrepende e garante que nunca mais vai permitir que algo do género volte a acontecer. Ela lembrar-se-á sempre de quem é quem. De facto, ela é uma patriota sincera da Ucrânia, sempre o foi e continuará a sê-lo no futuro."
Dayana Yastremska, que atingiu as meias-finais do Open da Austrália, não conseguiu deitar lenha na fogueira depois de ter sido questionada sobre o incidente.
"Os ucranianos têm a sua posição. Não estamos a apertar as mãos, mas acho que ela ainda é um pouco jovem, não tem muita experiência e isso pode acontecer com qualquer pessoa."
"Não a posso julgar porque não sei o que lhe vai na cabeça, por isso não sei se fez isto de propósito ou não, mas tenho a certeza de que apoia a Ucrânia. E tenho a certeza de que ficou demasiado emocionada e confusa", afirma Yastremska
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