Casper Ruud fez uma deslocação de emergência, à última hora, para as
ATP Finals após a alteração no alinhamento provocada pela desistência de Novak Djokovic. O norueguês, antigo finalista, garantiu o lugar de segundo alternate, depois de Lorenzo Musetti ter acedido ao Round Robin e assegurado a sua primeira qualificação para as Finals.
O torneio, que reúne os oito melhores jogadores da temporada, acabará por não contar com Nole — o recente vencedor do Hellenic Championship — e o seu lugar foi assumido por Musetti. Tradicionalmente, as ATP Finals têm oito jogadores em competição, mas incluem também dois alternates para colmatar eventuais lesões de última hora.
Com base na ATP Race, após Musetti (9.º), o seguinte na lista era Jack Draper (10.º), que está lesionado há meses e terminou a época mais cedo. Assim, a primeira vaga de alternate foi para Alexander Bublik — que fechou o ano como n.º 11 do mundo, depois de quatro títulos, um registo de 37-21 e percursos relevantes como os quartos de final em Roland-Garros ou as meias-finais no Paris Masters.
Em caso de alguma lesão durante o Round Robin, será Bublik a entrar no quadro, devendo estar preparado para qualquer alteração de última hora. Por isso mesmo, Casper Ruud (n.º 12 na Race) viajou à última hora, com a possibilidade de entrar em court caso surjam problemas físicos entre os concorrentes.
Destaques da época de Ruud: primeiro Masters 1000 e título em Estocolmo
O norueguês teve grandes momentos esta época, com a principal conquista a ser o primeiro título de Masters 1000, em Madrid. Somou também o troféu do ATP 250 de Estocolmo, foi finalista no ATP 500 de Dallas e semifinalista em Tóquio. O três vezes finalista de torneios do Grand Slam terminou o ano com 39-16, e embora a possibilidade de jogar em Turim seja reduzida, há precedentes em que ambos os alternates foram chamados.
Terá ainda um incentivo relevante: um prémio de 155.000 dólares apenas pela presença em Turim, onde integrará as sessões de treino na esperança de poder competir — o que poderá significar também aumentar os seus prémios e até somar pontos para o ranking ATP, já que defende 400 pontos após as meias-finais em 2024.
Sem dúvida, uma boa oportunidade para Ruud, que em três presenças anteriores alcançou a final em 2022 (derrota com Novak Djokovic) e duas meias-finais (2021, 2024). Ruud apresenta um registo de 7-6 no torneio, que esperará melhorar caso surja a oportunidade.
Todos a postos: a história mostra que os alternates são frequentemente chamados
Não é raro ver alternates entrarem em ação devido a lesões de última hora no torneio. Em 2023, Hubert Hurkacz foi o primeiro alternate e acabou por disputar um encontro do Round Robin contra Novak Djokovic — após a lesão de Stefanos Tsitsipas no segundo jogo (com apenas três jogos disputados frente a Rune).
Já em 2021, ambos os alternates acabaram por jogar, o que obrigou a organização a chamar um terceiro alternate a meio do torneio. O italiano Jannik Sinner entrou para substituir o compatriota Matteo Berrettini, defrontando Hurkacz e Medvedev (registo de 1-1).
Pouco depois, Tsitsipas lesionou-se, o que exigiu também a entrada do seu substituto: o britânico Cameron Norrie, que disputou dois encontros (derrotas com Ruud e Djokovic). Assim, com ambos os jogadores a terem feito apenas um jogo, os dois alternates oficiais foram chamados ao court. Como terceiro alternate, o russo Aslan Karatsev foi integrado a meio do torneio, embora não tenha chegado a competir.