Novak Djokovic partilha a dor de estar longe da família, especialmente na Austrália: "Luto mais com isso cada vez mais à medida que o tempo passa"

Novak Djokovic respondeu a uma entrevista em Melbourne após a sua eliminação do Open da Austrália nas meias-finais contra Jannik Sinner. O 24 vezes campeão do Grand Slam refletiu sobre o "preço" de viajar à volta do Mundo e não estar presente tanto quanto gostaria enquanto os seus filhos estão a crescer.

Aos 36 anos de idade, o sérvio reduziu as exigências do seu calendário nos últimos anos, saltando praticamente todos os torneios abaixo do nível Masters 1000, e até mesmo desistindo de alguns destes últimos para poupar tempo. Por exemplo, na época passada, faltou a torneios como Xangai e Canadá.

'Nole' tem sido sempre visto com os seus filhos durante os seus períodos fora de competição e falou sobre os desafios de ser um jogador de ténis e perder alguns momentos importantes à medida que os seus filhos crescem: "Luto com isso cada vez mais à medida que o tempo passa, a Austrália é uma viagem longa, provavelmente a mais longa que temos em todo o ano".

"O meu filho tem 9 anos, a minha filha tem 6, todos os dias, todas as semanas eles mudam. O primeiro dente da minha filha caiu e eu não estava lá para isso, mas ao mesmo tempo é tudo uma questão de equilíbrio", disse Djokovic.

Ao contrário do resto dos tenistas do top 10, Djokovic não tem nenhum torneio agendado para fevereiro e só regressará durante a "dupla de sol", onde terá de passar pelo menos quatro semanas entre o Indian Wells e o Open de Miami. Para além dos dias de torneio, viajará previamente para os EUA para se preparar nas condições de cada cidade.

"Os pais deviam brincar com os filhos a toda a hora. É a minha parte preferida do dia, quando tenho a atenção deles e quando eles têm a minha atenção e estamos totalmente presentes, brincamos e inventamos coisas. É o melhor. Estou a ficar emocionado neste momento, tenho saudades deles, vejo-os daqui a uns dias." (via Nine Network).