Sorteio define grupos da United Cup 2026: Raducanu-Osaka e Ruud-Mensik encabeçam arranque de luxo

Os grupos da United Cup 2026 foram anunciados este domingo, juntamente com as cidades onde cada grupo irá competir. Estão previstos vários duelos muito aguardados para abrir a temporada, incluindo Emma Raducanu frente a Naomi Osaka, Casper Ruud contra Jakub Menšík e Jasmine Paolini diante de Belinda Bencic.

A United Cup disputará a sua 4.ª edição entre 02.01.2026 e 11.01.2026, abrindo a época com equipas mistas de 18 países, divididas em 6 grupos de três nações cada. O torneio joga-se nas cidades australianas de Perth e Sydney, numa tentativa de criar um evento de alto nível que inaugure o ano e ofereça aos melhores do mundo uma boa oportunidade para ganhar ritmo antes do Australian Open.

Há apenas alguns dias foi confirmada a lista de jogadores para o evento. Iga Świątek e Hubert Hurkacz, Coco Gauff e Taylor Fritz, e Felix Auger-Aliassime ao lado de Victoria Mboko estão entre as duplas confirmadas num cartaz estelar que abrirá a temporada.

A definição de cada grupo foi a peça final. Os Grupos A, C e E jogarão a primeira parte do torneio em Perth, enquanto os três restantes (B, D, F) disputarão os seus confrontos em Sydney. Tal como em anos anteriores, apuram-se os vencedores de cada grupo, juntamente com as duas melhores equipas classificadas em segundo lugar — com base em vitórias em eliminatórias, encontros, sets e até jogos, se necessário.

Os detentores do título são os Estados Unidos, campeões em 2023 e 2025. Na final deste ano, Coco Gauff e Taylor Fritz venceram os respetivos singulares frente a Świątek e Hurkacz — vice-campeões pela segunda época consecutiva. Todos regressarão à competição em 2026.

Haverá três grupos a competir em Perth para iniciar o torneio. O Grupo A será liderado pelos campeões em título, os Estados Unidos — claros favoritos ao troféu, sendo a única equipa com dois jogadores Top 10, além dos especialistas de pares Christian Harrison e Nicole Melichar-Martinez. Os norte-americanos enfrentarão a Espanha — liderada por Jaume Munar e Jessica Bouzas Maneiro — e a Argentina — com Sebastián Báez e Solana Sierra como principais referências.

O Grupo C promete equilíbrio, sobretudo no feminino. A Itália — quartos-finalistas em 2025 — não contará com os seus principais nomes no masculino, Jannik Sinner ou Lorenzo Musetti, mas estará bem entregue a Flavio Cobolli, além da vice-campeã de Grand Slam por duas vezes Jasmine Paolini. Defrontará a França, com um Arthur Rinderknech em forma e a emergente Lois Boisson, bem como uma Suíça traiçoeira, com o tricampeão de Majors Stan Wawrinka e a antiga campeã olímpica Belinda Bencic à procura de vitórias.

No Grupo E, o comando caberá ao Reino Unido, assinalando o regresso de Jack Draper ao torneio após um 2025 marcado por lesões. Juntará forças com Emma Raducanu numa das duplas mais excitantes do evento. Pela frente estará um dos grupos mais complicados: a Grécia — que voltará a alinhar os antigos n.º 3 do mundo Stefanos Tsitsipas e Maria Sakkari — e o Japão, que contará com a tetracampeã de Grand Slam Naomi Osaka, além do jovem Shintaro Mochizuki, antigo campeão júnior de Wimbledon.

Em Sydney, não faltam nomes sonantes. O Grupo B terá o Canadá como favorito à qualificação, com uma dupla inédita entre Félix Auger-Aliassime e a adolescente Victoria Mboko — campeã do Canadian Open 2025. Juntam-se Bélgica (Elise Mertens e Zizou Bergs) e uma China desfalcada (sem Zheng Qinwen, ao contrário de anos anteriores, mas com Zhang Zhizhen e Zhu Lin à procura da surpresa).

O Grupo D inclui uma Austrália forte, com Alex de Minaur ao leme, além de um dos nomes que promete agitar o futuro do ténis feminino: a n.º 32 mundial Maya Joint, que aos 19 anos foi uma das revelações da época recém-terminada. Entre os rivais, estará a poderosa equipa checa — com uma dupla sólida entre Jakub Mensik e Barbora Krejcikova — bem como a Noruega, que confiará em Casper Ruud e Malene Helgo para tentar a surpresa num grupo complicado.

Por fim, o Grupo F contará com a bicampeã vice Polónia — que pelo quarto ano consecutivo alinhará Swiatek e Hurkacz como dupla. Terá pela frente a Alemanha — com Alexander Zverev e Eva Lys numa combinação entusiasmante — e os Países Baixos, que confiarão em Tallon Griekspoor e Suzan Lamens como líderes da equipa.