Aryna Sabalenka termina a época como n.º 1 no final do ano, com top 4 surpreendente

Com a época WTA encerrada, é tempo de fazer balanço do que foi a temporada e de onde ficam as jogadoras no fecho do ano. O ranking alternativo de ténis (UTR) não coloca Aryna Sabalenka no topo, ao contrário da hierarquia principal, onde selou há algum tempo o título de No. 1 do Ano.

Sabalenka foi, de longe, a melhor na classificação WTA, com Iga Swiatek e Coco Gauff a alguma distância da bielorrussa, que nos últimos anos tem alternado entre atacar o topo e defendê-lo. Este ano não precisou de o fazer, mas também não termina no topo do ranking que contabiliza jogos recentes, qualidade das adversárias e vitórias.

UTR significa Universal Tennis Rating, um sistema global que fornece uma medida única e precisa do nível de cada jogadora com base em resultados reais, incluindo a força das adversárias. Pode dizer-se que oferece uma avaliação mais justa da forma atual do que o sistema de classificação WTA.

A escala vai até 16, de 1,00 a 16,50; por exemplo, Iga Swiatek lidera com 12,96 contra 12,92 de Sabalenka no conjunto da temporada, embora Sabalenka e Elena Rybakina fossem primeiras se contasse a tendência dos últimos três meses, ambas acima de 13.

Swiatek está no topo deste ranking apesar de, na realidade, ter tido talvez o ano mais difícil da carreira em vários aspetos. Perdeu a aura de Rainha da Terra batida ao falhar os títulos de Roma, Madrid e Roland-Garros nos últimos meses e somou desaires marcantes, como em Miami com Alexandra Eala e em Indian Wells com Mirra Andreeva, entre outros. Também caiu na fase de grupos das WTA Finals. Ainda assim, lidera com 12,96, contra 12,92 de Sabalenka.

Outra surpresa, ainda que menos face à forma recente, é Elena Rybakina em terceiro. Agora No. 5 mundial, surge em 3.º no UTR com 12,89. Pelas métricas dos últimos três meses, é a segunda melhor do mundo atrás de Sabalenka, depois de vencer Ningbo, alcançar as meias-finais em Tóquio e conquistar as WTA Finals. Assim, apesar de mais abaixo na hierarquia, seria No. 3 mundial se o critério fosse a forma recente e não os pontos.

Segue-se Amanda Anisimova. Para muitos, a melhor jogadora do circuito este ano atendendo ao regresso que assinou, tornando-se uma força dominadora: perdeu duas finais do Grand Slam mas conquistou múltiplos WTA 1000. Coco Gauff é quinta depois de vencer Roland-Garros este ano.

Ekaterina Alexandrova, que entrou no top 10 no início do outono, é 6.ª, espelhando a forma exibida em 2025. Falhou por pouco a WTA Race e foi segunda alternativa nas Finals, jogando um encontro após a desistência de Madison Keys. Mirra Andreeva, que terminara à sua frente nessa corrida, é 10.ª no ranking alternativo, sinal de que, apesar do arranque forte, Alexandrova foi mais consistente ao longo do ano.

Após Jessica Pegula em 7.º, surge a surpresa Zheng Qinwen, única sem dados nos últimos três meses e praticamente ausente da época, mas ainda assim no top 10. Elina Svitolina e Andreeva fecham o top 10. Marketa Vondrousova vem a seguir: venceu Berlim e chegou aos quartos de final do US Open numa mini-ressurreição. As protagonistas da final de Montreal, Victoria Mboko e Naomi Osaka, aparecem depois para fechar o top 13.

Emma Raducanu seria No. 15 mundial por estas métricas, enquanto Jasmine Paolini, presença habitual no top 10, ficaria fora do top 15. Madison Keys, que quase não competiu no outono, também cai para fora do top 20. Já duas figuras do ano, Clara Tauson e Belinda Bencic, mal entram no top 25.

À porta do top 30 está Eva Lys, que terminou a época no melhor de sempre, 41.ª, mas cuja forma global de 2025 a projeta para o top 32 deste ranking, sublinhando o excelente ano que realizou.