Maiores surpresas no WTA Tour 2025: campanha impressionante de Boisson em Roland Garros, vitória de Vondrousova sobre a número um do mundo, campanha histórica de Eala em Miami

WTA
sexta-feira, 14 novembro 2025 a 6:00
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O ténis está habituado a surpresas regulares, sobretudo em grandes torneios como os Grand Slams. Os jogadores mais cotados entram a apontar a longas campanhas para depois caírem frente a alguém fora do top 300. Isso aconteceu duas vezes no Circuito WTA à mesma jogadora, nos maiores choques de 2025.

Sevastova (386) vs Pegula (4)

Jessica Pegula chegou ao Canadian Open à procura do terceiro título consecutivo. Começou bem, ao derrotar Maria Sakkari em dois sets. Isso valeu-lhe um duelo nos 1/16 avos com a número 386 do mundo, Anastasija Sevastova. Contudo, não foi tão simples quanto parecia no papel. A letã, ex-número 11 mundial em 2018, provocou um abalo sísmico em Montreal ao bater a americana por 3-6, 6-4, 6-1.
Apesar de apenas ter disputado 24 encontros ao nível do circuito em quatro anos, Sevastova encontrou soluções para eliminar a grande favorita. Fechou uma exibição de nível ao somar os últimos seis jogos e oito dos nove finais, garantindo a passagem em força aos oitavos de final.

Boisson (361) vs Pegula (3)

Nem sequer foi a primeira vez que algo do género aconteceu a Pegula neste ano civil. Cabeça de série número um em Roland-Garros, parecia um duelo rotineiro nos oitavos contra a favorita da casa, Lois Boisson. A francesa entrou no quadro com um wildcard, determinada a orgulhar o público e somar pontos essenciais. Conseguiu-o em grande estilo, ao eliminar Pegula por 3-6, 6-4, 6-4.
Não deixou que o mau final do primeiro set a abalasse. Quando quase tudo apontava para que Pegula deslizasse até à vitória, Boisson teve outras ideias. Igualou a contenda antes de uma reta final frenética, em que Pegula desperdiçou várias oportunidades para se adiantar. Boisson aproveitou as suas e selou, de forma memorável, o primeiro acesso a um quarto de final de Grand Slam. Seguiu depois para derrotar a sexta cabeça de série, Mirra Andreeva, antes de ser dominada pela futura campeã, Coco Gauff.

Vondrousova (164) vs Sabalenka (1)

Marketa Vondrousova caiu no ranking devido a lesões após um inesperado título em Wimbledon. Ainda assim, mostrou que essa campanha na relva não foi acaso ao conquistar o título no Berlin Open. Pelo caminho, eliminou a número um do mundo, Aryna Sabalenka, por 6-2, 6-4.
A checa subiu a pique na hierarquia após este triunfo. Mesmo não sendo, pela valia da jogadora, o maior choque perder com alguém da sua qualidade, a classificação dizia o contrário numa derrota pesada para Sabalenka. A bielorrussa vingou-se em Cincinnati, antes de Vondrousova voltar a enfrentar problemas físicos e desistir antes do seu duelo dos quartos de final do US Open, abrindo caminho livre à adversária.
Marketa Vondrousova
Marketa Vondrousova

Bencic (157) vs Rybakina (5)

Atualmente número 11 do mundo, é fácil esquecer o quão abaixo estava Belinda Bencic no início do ano. Depois de se afastar do circuito em 2024 para ser mãe pela primeira vez, o ranking afundou antes do muito aguardado regresso em 2025. A escalada começou com o título no Dubai Championships. A caminho do troféu, bateu a número cinco do mundo, Elena Rybakina, por 3-6, 6-3, 6-4.
Após dois sets muito equilibrados, decididos por uma quebra, a suíça assumiu a dianteira no terceiro e decisivo parcial. Conseguiu uma vantagem de dupla quebra antes de desperdiçar dois match points no seu serviço. Dois jogos depois, a jogadora com wildcard confirmou a vitória para um enorme upset.

Alexandra Eala (140) vs Swiatek (2) e Keys (5)

Alexandra Eala irrompeu para a ribalta com uma campanha jubilosa em Miami. Rumo a uma meia-final surpreendente, derrotou a campeã em título do Australian Open, Madison Keys, por 6-4, 6-2, e voltou a brilhar contra a seis vezes campeã de Grand Slam, Iga Swiatek, por 6-2, 7-5.
Então com 19 anos, entrou no torneio com um wildcard e agarrou a oportunidade com entusiasmo. Depois de assumir o controlo frente a Keys, a filipina venceu os últimos quatro jogos e anunciou-se em definitivo no grande palco. O triunfo nos quartos de final frente a Swiatek reforçou essa ideia. Num encontro com mais de 13 quebras de serviço em 20 jogos, foi Eala a capitalizar. Noutro cenário, Pegula voltaria a figurar nesta lista, mas conseguiu travar Eala numa meia-final em três sets.
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