A tunisina
Ons Jabeur, regressará ao Médio Oriente como sempre, sendo uma das principais atracções das próximas semanas em Abu Dhabi, Doha e Dubai, onde jogará em pares com Naomi Osaka. Por isso, tem uma perspetiva diferente dos que se opuseram à mudança do
WTA Finals para a Arábia Saudita.
Jabeur é a primeira mulher africana e árabe a disputar uma final de singulares do Grand Slam na Era Open e há muito que abriu caminho não só para o continente africano, mas também para a região do Golfo. Desde então, a egípcia Mayar Sherif juntou-se a ela no top 100. Este facto surge no meio de
Chris Evert e
Martina Navratilova terem criticado fortemente a proposta de realização do WTA Finals, que há muito tempo tem sido um tema em suspenso no circuito feminino.
O assunto confundiu as jogadoras e muitas delas não souberam responder à pergunta sobre como isso as afetaria devido às leis contra as mulheres no Médio Oriente. Mas Jabeur respondeu agradecendo à embaixadora da Arábia Saudita nos Estados Unidos, a princesa Reema Bandar Al-Saud, que criticou a dupla por virar as costas às mulheres e disse-lhes para se informarem sobre os factos. A tunisina adotou um tom semelhante, embora menos condenatório, e disse que a mudança só é possível quando se abraça os outros e não se assinala divisão. Resta saber se a candidatura saudita será bem sucedida, uma vez que Charlotte, na Carolina do Norte, é uma das candidatas a partir de 2027.
"A mudança só é possível quando se abraçam perspetivas diferentes e se é inclusivo. A exclusão e o isolamento nunca trouxeram qualquer mudança, apenas criaram divisões. Como fervorosa embaixadora dos desportos femininos, não posso deixar de saudar e apoiar os esforços da Arábia Saudita para lançar luz sobre os desportos femininos e criar oportunidades fantásticas para todos", afirmou Jabeur.