Os adeptos do ténis criticaram Novak Djokovic, Carlos Alcaraz, Ons Jabeur e Aryna Sabalenka por terem confirmado a sua participação num jogo de exibição após o Natal em Riade, na Arábia Saudita.

Nos últimos anos, a Arábia Saudita tem vindo a envolver-se cada vez mais no ténis. Esta época, foi confirmado que as Next Gen ATP Finals seriam acolhidas na cidade portuária de Jeddah até 2027, enquanto Riade estava na corrida para acolher as Finais WTA antes de Cancun, no México, ter sido escolhida.

Consequentemente, muitos adeptos manifestaram a sua preocupação com o "sportswashing", ou seja, a utilização pela Arábia Saudita de eventos desportivos para encobrir o seu fraco historial em matéria de direitos humanos que inclui restrições severas às mulheres, o facto da atividade homossexual ser ilegal no país e o mau tratamento dos migrantes.

Adeptos acusam jogadores de preferirem o dinheiro à moral

O evento de exibição está agendado para 26 e 27 de dezembro e foi organizado pela Autoridade Geral de Entretenimento do país. Jabeur jogará contra Sabalenka no primeiro dia, antes de Djokovic e Alcaraz se defrontarem no segundo.

Alguns dos jogadores já tinham manifestado a sua aprovação em relação aos torneios na Arábia Saudita, com Alcaraz a dizer que "não tinha dúvidas" de que jogaria nesse país no futuro, enquanto Jabeur expressou a sua esperança de que jogar nesse país pudesse trazer mudanças positivas.

No entanto, muitos fãs reagiram negativamente à notícia, acusando as quatro estrelas do ténis de preferirem o dinheiro à moral e de contribuírem para o "sportswashing".

"Dinheiro, dinheiro, dinheiro, dinheiro. O dinheiro pode comprar almas, isto prova-o", escreveu um deles.

"Mas a época de ténis é demasiado longa, dizem todos. Pergunto-me porque é que estão a jogar este evento?" acrescentou outro, sarcasticamente;

"Diz-me que tens fome de dinheiro sem me dizeres que tens fome de dinheiro?", comentou um terceiro.

"As mulheres na Arábia Saudita nem sequer podem ir ver ténis sem um tutor masculino, mas sim jogar pelo dinheiro", escreveu outro.